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Estados Unidos acusam Rússia de ter usado Bitcoin para interferir em eleição presidencial

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Um dos capítulos mais controversos na política internacional dos últimos dois anos foi o episódio de interferência da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016. Vários órgãos de inteligência dos Estdos Unidos, entre eles o FBI e o Departamento de Segurança Interna (DHS), concluíram que agentes do governo russo interferiram no processo eleitoral do país com o objetivo de favorecer o candidato Donald Trump, do Partido Republicano. Trump acabaria por vencer a eleição contra Hillary Clinton, do Partido Democrata.

Agora, mais uma etapa da investigação pode incluir até mesmo o uso do Bitcoin no processo. De acordo com uma nova acusação federal, oficiais da inteligência russa acusados de se intrometer nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA usaram Bitcoin para financiar suas atividades, cobrir os rastros e tentar ocultar suas identidades.

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A acusação federal foi anunciada pelo vice-Procurador-Geral dos Estados Unidos, Rod Rosenstein, na última sexta-feira, 13 de julho, e começou a escrever uma nova página na história da suposta intromissão russa na última eleição presidencial dos EUA. De acordo com o documento, que foi divulgado praticamente na véspera da esperada cúpula entre Trump e Putin que acontecerá nesta segunda-feira, 16 de julho, em Helsinque, Finlândia, agentes russos usaram o Bitcoin em sua campanha para influenciar o resultado da eleição de 2016.

Autoridades em Washington afirmam que os hackers que trabalham para a inteligência militar russa pagaram pelo uso de servidores, domínios de sites e redes virtuais privadas (VPNs), nos EUA e na Malásia, durante os dias 14 de março e 28 de abril deste ano. As redes e servidores seriam usadas para divulgar informações roubadas do Partido Democrata e para ocultar as identidades e cobrir os rastros dos divulgadores. Eles também lavaram mais de US$95 mil através de Bitcoin.

Segundo a denúncia, os 12 funcionários do Diretório Central de Inteligência russo (GRU) indiciados pelo conselheiro especial dos Estados Unidos, Robert Mueller, teriam adquirido Bitcoin de diferentes maneiras, inclusive por meio de plataformas de trading, exchanges e negociações peer-to-peer (P2P), usando outras moedas digitais e cartões de crédito pré-pagos. Investigadores norte-americanos afirmam que os russos chegaram até a minerar criptomoedas para esse fim.

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A acusação, a primeira a nivelar as acusações criminais contra autoridades russas relacionadas à suposta interferência eleitoral, sugere que fundos em ativos digitais foram usados ​​para alugar servidores em dois estados dos EUA, Illinois e Arizona, onde as informações hackeadas foram armazenadas, e também pagaram uma empresa da Romênia, através de um processador de pagamentos com sede nos EUA, para criar um site usado para difundir as informações vazadas.

Ao que tudo indica, o uso do Bitcoin como estratégia de ataque – seja político ou militar – parece começar a chamar a atenção dos governos ao redor do mundo. Resta ver o impacto que o uso das criptomoedas e da tecnologia blockchain poderão ter na nova ordem política que parece estar prestes a se formar.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.