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Dólar pode impedir nova alta do Bitcoin, aponta analista

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O dólar estadunidense (USD) voltou a mostrar sinais de força nos últimos dias. E isso pode trazer impactos sobre o Bitcoin, que disparou em meio à forte queda da moeda em 2020.

No momento da escrita deste artigo, o Bitcoin é negociado a R$ 57.900. Apesar de estar em queda de 1,14%, o preço se recuperou em relação à quarta-feira (23).

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No entanto, essa alta pode ter vida curta. Isso porque o índice do dólar (DXY) atingiu sua maior alta em dois meses, ficando entre as faixas de 92 e 94.

O DXY avalia o valor do dólar em relação às principais moedas fiduciárias, como euro, iene e franco suíço.

Correlação entre ativos de proteção e dólar

Essas métricas são bastante importantes. O preço do BTC costuma seguir uma direção oposta ao DXY: quando este cai, o Bitcoin sobe, e vice-versa.

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O mesmo vale para outros ativos considerados “refúgios seguros”, como ouro e prata.

“O Bitcoin provavelmente seguirá outras desvantagens, juntamente com os metais preciosos, devido ao rompimento do DXY”, disse Matthew Dibb, cofundador e COO da Stack.

Essa relação pode ser vista no gráfico abaixo, extraído do site TradingView. Enquanto o DXY apresentou tendência de baixa nos últimos meses, o Bitcoin se valorizou.

BTC/USD

Outros traders falaram sobre essa correlação. Max Keiser, por exemplo, disse que o Bitcoin não tem correlação com o S&P 500, mas sim com o metal.

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“O Bitcoin, como o ouro, é inversamente correlacionado ao dólar”, publicou Keiser na terça-feira (22).

De fato, o Bitcoin e o índice do dólar moveram-se em direções opostas desde março, com a aparente correlação inversa se tornando mais notável desde meados de julho.

Risco de quedas nos mercados

Atualmente, o DXY está próximo de 94,40, ainda seguindo em alta. Isso mostra que mesmo os programas do Fed parecem não ter gerado forte desvalorização no dólar.

“O dólar tem estado muito pesado desde março devido à flexibilização do Federal Reserve. Esperamos ver alguma realização de lucros [em vendas de dólar] em toda a linha”, disse Darius Sit, CEO da QCP Capital.

Isso já trouxe impacto no mercado do ouro. O preço do metal caiu para US$ 1.860 (R$ 10 mil) a onça, o menor valor em dois meses.

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E existe o risco do mesmo acontecer com o Bitcoin, com uma queda abaixo do suporte de US$ 10 mil (R$ 54 mil).

Caso isso se concretize, um movimento de baixa ainda maior poderia ocorrer.

“Uma quebra abaixo do suporte de US$ 10.000 pode significar uma queda adicional para US$ 8.800”, alertou Dibb.

No entanto, o analista Willy Woo não prevê uma queda tão forte. Segundo ele, os fundamentos do Bitcoin não apontam para essa movimentação.

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“Embora eu tenha ouvido falar de baixa para até [US$ 7.000], não vejo os fundamentos apoiando isso como um evento provável”, tuitou na quarta-feira (23).

Caso os mercados de ações se recuperem de forma acentuada, a demanda de refúgio pelo dólar provavelmente se enfraquecerá. E isso pode levar a uma recuperação notável do Bitcoin e do ouro.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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