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A dificuldade de mineração do Bitcoin (BTC) sofreu a segunda queda no mês de março, de acordo com o site BTC.com. Desta vez houve uma redução modesta de 0,35% após o ajuste ocorrido na quinta-feira (17).
Como resultado, a média de dificuldade ficou em 27,4 trilhões de hashes (TH), praticamente estável frente aos 27,5 TH registrados em 3 de março. A média do poder de processamento (hash rate) ficou em 196,4 exahashes por segundo (EH/s), contra 197,1 EH/s no período anterior.
O primeiro ajuste de dificuldade de março ocorreu no dia 3, quando a dificuldade caiu 1,49%. Ou seja, a rede do BTC acumula uma queda de 1,84% no mês. Segundo o BTC.com, o próximo ajuste deve ocorrer em 30 de março, com um aumento de 1,37% na dificuldade.
Com as quedas recentes, o BTC interrompeu uma sequência de seis aumentos consecutivos na dificuldade de mineração. Essa sequência teve início em dezembro e atingiu seu auge em janeiro, quando o hash rate cresceu quase 10%.
No entanto, foi em fevereiro que o BTC atingiu sua máxima histórica de 248 EH/s. Desde então, houve uma queda substancial, chegando a 216 EH/s em 17 de março. Agora, o hash rate voltou a cair abaixo de 20 EH/s.
De acordo com Whitt Gibbs, fundador e CEO da Compass Mining, a queda ocorreu junto com o preço do BTC. Com a desvalorização da criptomoeda, a mineração deixou de ser lucrativa para muitas pessoas, que desligaram suas máquinas.
“Esta ligeira queda é provavelmente devido a mineradores não lucrativos desconectando suas ASICs. À medida que os preços da energia aumentam globalmente, provavelmente veremos mais ASICs saindo da rede”, disse.
Os preços da eletricidade citados por Gibbs foram duramente impactados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. A nação de Vladimir Putin é uma das maiores produtoras de petróleo e gás do mundo, mas enfrenta duras sanções desde o início do conflito.
Como resultado das sanções, diversos países reduziram – ou até interromperam por completo – as compras de gás e petróleo russos. Ao mesmo tempo, essa atitude fez a oferta das commodities cair, impactando todos os preços na economia.
Por outro lado, os mineradores também enfrentaram problemas no Cazaquistão, país que responde por 18% da mineração global de BTC. Por causa de protestos da população, o governo chegou até a desligar a internet do país temporariamente. A medida, claro, afetou parte da mineração do BTC.
“Minha aposta é que os mineradores cazaques ficaram offline devido à falta de eletricidade. Além disso, uma repressão do governo à mineração ilegal causou a queda”, Jaran Mellerud, pesquisador da Arcane Research.
Em 15 de março, as autoridades do país disseram ter apreendido quase US$ 200 milhões em equipamentos de operações de mineração de criptomoedas usados ilicitamente. Mineradores que operam legalmente no Cazaquistão tiveram sua energia cortada no final de janeiro, enquanto o governo lutava com a escassez de energia.
No lado positivo, as mineradoras norte-americanas continuam a conectar novas máquinas. O país possui 35% do hash rate do BTC e segue como o maior centro de mineração. Masa retirada de capacidade do Cazaquistão está limitando atualmente o crescimento do hash rate do BTC.
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