Economia

CZ explica por que Binance moveu mais de R$ 10 bilhões em Bitcoin para cold wallet

Na manhã desta segunda-feira (28), a página no Twitter Whale Alert informou que a Binance havia enviado 127.351 Bitcoins, no valor de mais de R$ 10 bilhões (US$ 2 bilhões), para uma cold wallet (carteira offline) desconhecida. Depois disso, começou-se a especular a razão por trás da movimentação de BTC expressiva.

Então, o CEO da exchange, Changpeng Zhao (CZ) foi a público esclarecer a movimentação. Em sua conta no Twitter, CZ explicou que o envio de mais de R$ 10 bilhões em Bitcoin por parte da Binance faz parte do processo de auditoria de comprovação de reserva da exchange. Segundo ele, o auditor solicitou que a exchange de criptomoedas realizasse o envio para a carteira para comprovar que a empresa tem controle sobre o endereço em questão.

“Isso faz parte da Auditoria de Comprovação de Reserva. O auditor exige que enviemos uma quantia específica para nós mesmos para mostrar que controlamos a carteira. E o resto vai para um Change Address, que é um novo endereço. Nesse caso, o Input tx é grande, assim como o Change. Ignore o FUD [medo, incerteza e dúvida]!”, tuitou CZ.

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Prova de Reserva

Na semana passada, conforme noticiou o CriptoFácil, a Binance apresentou oficialmente o seu primeiro sistema de comprovação de reservas. Trata-se de um protótipo da exchange a fim de mostrar que a plataforma possui as reservas necessárias para cobrir todos os depósitos dos clientes.

O lançamento do sistema de prova de reservas (PoR, na sigla em inglês) da Binance teve início com o Bitcoin (BTC). Outros tokens e redes serão adicionados nas próximas semanas, segundo a exchange.

Para o Bitcoin, a Binance forneceu um snapshot do dia de 22 de novembro de 2022. O registro mostra os saldos das contas e das reservas da exchange. De acordo com a empresa, há 582.485 Bitcoins em suas reservas. Enquanto isso, os seus usuários têm um saldo líquido de 575.742 Bitcoins – dando uma margem de 6.743 Bitcoins. A taxa de reserva é de 101%. Além disso, a plataforma forneceu um link para os seus usuários verificarem os seus próprios Bitcoins na exchange.

A exchange liderada por Changpeng Zhao (CZ) disse ainda que vai contratar auditores terceirizados para verificar o sistema de prova de reservas. Também disse que vai implementar a tecnologia de prova de conhecimento zero para fornecer prova cripto de suas reivindicações – enquanto protege a privacidade do usuário.

A pressão sobre as exchanges criptomoedas centralizadas (CEXs) para adotar “prova de reservas” aumentou muito após o colapso da FTX. Ao publicar o valor total de ativos e passivos, as plataformas podem indicar que têm reservas em mãos para atender às solicitações de saque dos clientes. No entanto, essas reservas iniciais não mostram necessariamente o quadro completo. Isso porque não fornecem detalhes sobre os passivos da bolsa.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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