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Crimes com criptomoeda caem 15% em 2022 devido ao ‘inverno cripto’, revela relatório

O chamado “inverno cripto” que o mercado vive em 2022 impactou também os volumes de negociação ilícita de criptomoedas.

De acordo com um relatório da Chainalysis, esses volumes caíram 15% até agora em 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado.

Contudo, os volumes de criptomoedas legítimos registraram uma retração ainda maior, de 36%. Ou seja, de modo geral, a atividade criminosa parece ser mais resiliente diante de quedas de preços dos ativos digitais.

Crimes com criptomoedas

Analisando, em particular, os crimes envolvendo criptomoedas, a empresa observou que, alguns realmente aumentaram em 2022, enquanto outros diminuíram.

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Os golpes, por exemplo, caíram 65%, com a receita total de golpes até agora em 2022 de R$ 8,3 bilhões. Segundo o relatório, esse declínio parece estar ligado a queda dos preços de diferentes moedas, sobretudo do Bitcoin.

Fonte: Chainalysis

“Desde janeiro de 2022, a receita do golpe caiu mais ou menos de acordo com os preços do Bitcoin”, disse a empresa.

A Chainalysis acrescentou que não foi só a receita que caiu. O número acumulado de transferências individuais em golpes até agora em 2022 é o menor dos últimos quatro anos.

“Esses números sugerem que menos pessoas do que nunca estão caindo em golpes de criptomoeda”, disse a empresa.

A empresa explicou que, uma razão para isso pode ser que, com os preços dos ativos caindo, os golpes de cripto são menos atraentes para as potenciais vítimas.

Por outro lado, a empresa levantou a hipótese de que usuários novos, que são mais propensos a cair em golpes, são menos prevalentes no mercado agora que os preços estão caindo.

Darknet

Ainda segundo o relatório, a receita do mercado darknet também caiu em 2022. A atualmente ela é 43% menor do que era até julho de 2021.

Isso se deve, segundo a empresa, a quase certamente ao fechamento e sanção do Hydra Marketplace em 5 de abril, que durante anos foi o mercado predominante da darknet.

Fonte: Chainalysis

Hackers e fundos roubados

De acordo com a Chainalysis, a atividade ilícita está aumentando em 2022 quando se fala em ataques hackers. A empresa apontou que, até julho de 2022, hackers roubaram R$ 9,1 bilhões em criptomoedas em ataques, em comparação com pouco menos de R$ 6,2 bilhões no mesmo ponto de 2021.

Fonte: Chainalysis

Conforme destacou a empresa, essa tendência não parece destinada a reverter tão cedo. Isso porque houve um hack de R$ 980 milhões à Nomad e um hack de mais de R$ 25 milhões de várias carteiras Solana ocorrendo já na primeira semana de agosto.

“Muito disso pode ser atribuído ao impressionante aumento nos fundos roubados dos protocolos DeFi, uma tendência que começou em 2021. Como abordamos anteriormente, os protocolos DeFi são exclusivamente vulneráveis ao hacking, pois seu código-fonte aberto pode ser estudado por cibercriminosos em busca de exploits”, disse a empresa.

Além disso, muito do valor roubado dos protocolos DeFi pode ser atribuído a hackers afiliados à Coreia do Norte, como o Lazarus Group.

“Estimamos que até agora em 2022, grupos afiliados à Coreia do Norte roubaram aproximadamente US$ 1 bilhão em criptomoedas dos protocolos DeFi.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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