O criador do Ethereum, Vitalik Buterin, admitiu ter trocado Ethers (ETH) por dinheiro quando o criptoativo custava US$ 700,00.
A confissão foi feita através de um tuíte publicado na segunda-feira, 17 de agosto. Ele também disse que a Fundação Ethereum vendeu ETH quando o preço atingiu US$ 1.200.
Vitalik postou sua mensagem em resposta a um usuário que perguntou se ele tinha vendido ETH durante a alta do criptoativo entre 2017 e 2018. Ele disse que o dinheiro obtido pelos ETH vendidos pela Fundação foi doado para os desenvolvedores.
Apesar de admitir as vendas, ele não disse quando vendeu, tampouco quantos ETH foram negociados. Porém, ele afirmou num podcast que a Fundação negociou 70 mil ETH a esse preço.
Embora a correlação não seja clara, é possível que a liquidação de suas participações pela Fundação tenha precipitado o crash do ETH.
A queda no preço do criptoativo demorou um pouco para ocorrer. Com o “boom” das ofertas iniciais de moeda (ICO, na sigla em inglês) em 2018, a demanda por ETH cresceu bastante.
Mesmo assim, a correção veio pouco tempo depois.
Nas últimas semanas, o cofundador da Ethereum passou pelo escrutínio de alguns membros da comunidade blockchain.
Em um caso, o criador do Hashcash e maximalista do Bitcoin, Adam Back, chegou a chamar o Ethereum de um esquema ponzi.
A pressão sobre Vitalik não é algo recente. Ao contrário de Satoshi com o Bitcoin, o criador do Ethereum é bastante ativo na comunidade.
Com isso, muitas pessoas veem suas falas como uma influência desnecessária no desenvolvimento da criptomoeda.
Um dos críticos mais ferrenhos de Vitalik é o desenvolvedor Jimmy Song. Em 2019, ele afirmou que o criador do Ethereum “mentia como um político”.
“Se você tem Ether [criptomoeda nativa do protocolo Ethereum], você está confiando nesse cara. Lembra da prova de participação? Lembra que código é lei? Ele mente como um político. Pera, é exatamente isso que ele é”, afirmou Song.
Já o especialista brasileiro Safiri Felix criticou o que chamou de “culto a Vitalik”.
“Na minha opinião, o grande diferencial hoje e também o grande problema do Ethereum é o excesso do ‘culto’ ao Vitalik. Esta idolatria, que foi se construindo e sendo reforçada ao longo do tempo, dificulta um pouco o aparecimento de novas lideranças que possam ter tanto lugar de fala e decisão quanto ele [Buterin] tem nas decisões mais técnicas do projeto”.
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