Segurança

Coreia do Sul tenta congelar R$ 360 milhões em Bitcoin de Do Kwon

Na última segunda-feira (26), conforme noticiou o CriptoFácil, a Interpol emitiu um alerta vermelho de busca e prisão contra Do Kwon, fundador da Terraform Labs. Agora, as autoridades da Coreia do Sul estão tentando bloquear 3.313 Bitcoins (BTC) vinculados a Kwon. Em reais, isso equivale a mais de R$ 360 milhões.

De acordo com uma reportagem do CoinDesk Korea desta terça-feira (27), a solicitação de bloqueio foi feita pelas autoridades sul-coreanas às exchanges de criptomoedas OKX e KuCoin, que atuam no país.

Movimentação de Bitcoins por Do Kwon

Segundo a reportagem, os Bitcoins em questão foram transferido para carteiras digitais das exchanges logo após a emissão de um mandado de prisão contra Do Kwon no dia 14 de setembro.

As autoridades do país acusam o empresário de violação das leis de valores mobiliários. O mandado foi emitido alguns meses após o colapso do ecossistema Terra (LUNA) ocorrido em maio deste ano. Estima-se que a derrocada do projeto liderado por Do Kwon tenha resultado em prejuízos de cerca de R$ 15 bilhões (US$ 40 bilhões).

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A decadência de LUNA e da stablecoin Terra USD resultou em uma desaceleração do mercado e na falência de várias empresas do setor, como o fundo de hedge cripto Three Arrows Capital (3AC) e a Voyager Digital LLC.

Ainda segundo o portal, as autoridades enviaram uma solicitação de congelamento à KuCoin, que congelou 1.354 BTC transferidos para a exchange. Enquanto isso, a OKX estaria “ignorando o pedido da promotoria para congelar” os 1.959 BTC transferidos para essa plataforma.

Os promotores investigam as circunstâncias das transferências, incluindo a possibilidade de que os BTC possam ser usados para lavagem de dinheiro e fuga.

Colapso de Terra (LUNA) e buscas por Do Kwon

Desde que o colapso ocorreu, Do Kwon foi alvo de diversas investigações. Ainda no mês de maio, conforme noticiou o CriptoFácil, legisladores da Coreia do Sul convocaram Do Kwon para prestar esclarecimentos sobre o colapso de UST e LUNA. Além disso, após a crise do projeto, o país também passou a fazer “inspeções de emergência” em exchanges locais.

Em seguida, os promotores sul-coreanos proibiram os desenvolvedores e os ex-desenvolvedores de Terra de deixarem o país. Enquanto isso, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, também passou a investigar Do Kwon. A SEC apura, em particular, se a venda da UST antes da derrocada violou os regulamentos de proteção ao investidor.

Mais recentemente, no dia 14 de setembro, um tribunal da Coreia do Sul emitiu um mandado de prisão contra Kwon. Ao mesmo tempo, revogou seu passaporte dois dias depois. No entanto, o executivo já tinha deixado Cingapura naquela ocasião. Desse modo, as autoridades não conseguiram rastreá-lo.

Do Kwon diz que não está em fuga

Nesse meio tempo, Kwon foi até o Twitter para se defender contra as acusações de fuga. O CEO da Terraform Labs disse que não estava fugindo, mas sim organizando sua defesa contra o caso movido contra ele. Kwon também respondeu com ironia aos que perguntavam por que ele não revelava sua atual localização.

“A menos que sejamos amigos, tenhamos planos de nos encontrar ou estejamos envolvidos em um jogo Web3 baseado em GPS, você não tem nada a ver com minha localização”, escreveu Kwon.

Enquanto isso, os promotores sul-coreanos insistem que Kwon está fugindo e se recusa a cooperar com as autoridades. Mesmo assim, Kwon foi mais uma vez ao Twitter dizer que “não faz nenhum esforço para se esconder”. Ele afirmou ainda que segue fazendo “caminhadas” e frequentando shoppings.

Agora, o alerta vermelho da Interpol deve dificultar a vida do executivo. Com o alerta, ele tornou-se um procurado internacional da justiça. Ou seja, se Kwon entrar em qualquer um dos 195 países membros da Interpol, será preso e extraditado.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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