Economia

Coreia do Sul descarta incluir Bitcoin em suas reservas

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O Banco da Coreia do Sul (BOK), banco central do país, afirmou no último domingo (16) que não considera a inclusão do Bitcoin em suas reservas cambiais. A afirmação foi uma resposta a uma consulta de um membro do Comitê de Estratégia e Finanças da Assembleia Nacional.

De acordo com uma reportagem do jornal local Korea Economic Daily, o banco central afirmou que a principal razão para essa decisão é a alta volatilidade do Bitcoin. Conforme destacou a autoridade monetária, essa oscilação de preços do BTC poderia gerar custos elevados de transação no momento da conversão para moeda fiduciária.

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Além disso, o BOK destacou que a criptomoeda não está em conformidade com as diretrizes do Fundo Monetário Internacional (FMI) para gestão de reservas cambiais.

Coreia do Sul diz não para o Bitcoin

A posição do BOK surge em um momento em que alguns países avaliam a criação de reservas estratégicas de Bitcoin. No dia 6 de março, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para estabelecer uma Reserva Estratégica de Bitcoin, utilizando BTC apreendidos em processos criminais ou civis.

Embora a iniciativa norte-americana tenha levado algumas nações a considerar medidas semelhantes, a Coreia do Sul manteve uma postura cética. Com essa decisão, a Coreia do Sul acompanha a posição de países como Japão, Suíça e do Banco Central Europeu (BCE), que também demonstram resistência à ideia de adotar Bitcoin como parte de suas reservas.

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Apesar da negativa em relação ao Bitcoin como ativo estratégico, a Coreia do Sul tem adotado medidas para afrouxar suas rígidas regulamentações sobre criptomoedas. O órgão regulador financeiro do país está implementando, por exemplo, um plano para liberar gradualmente o acesso das instituições ao mercado cripto. Também está desenvolvendo um segundo arcabouço regulatório voltado para a gestão de stablecoins.

E no Brasil?

Enquanto isso, no Brasil, há vários projetos de lei e iniciativas com foco em criptomoedas. Na semana passada, por exemplo, o Congresso Nacional recebeu um projeto de lei que propõe a regulamentação do pagamento de salários, remunerações e benefícios trabalhistas por meio de ativos digitais, incluindo criptomoedas como o Bitcoin.

O PL 957/2025, de autoria do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL/SP), quer autorizar que empregadores e empregados a acordar o pagamento parcial dos salários em moedas digitais.

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Em novembro do ano passado, o deputado federal Eros Biondini (PL-MG) apresentou o Projeto de Lei 4501/2024, que propõe a Reserva Estratégica Soberana de Bitcoins (RESBit) para diversificar os ativos do Tesouro Nacional.

Inicialmente, a reserva teria 5% das reservas internacionais do Brasil, o que corresponde a aproximadamente US$ 17,75 bilhões ou 177.500 Bitcoins.

De acordo com o deputado, a adesão dos parlamentares cresce rapidamente.

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“Muitos colegas que desconheciam o Bitcoin passaram a buscar informações e entender melhor o projeto”, destacou.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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