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Com apoio da Binance, Musk conclui compra do Twitter por US$ 44 bilhões; Dogecoin dispara

“O pássaro foi libertado”. Foi o que disse Elon Musk em sua conta no Twitter após, finalmente, concluir a aquisição da empresa de mídia social por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 235 bilhões), na última quinta-feira (27).

Após tentativas de suspender o negócio, acusações de falta de transparência, processo judicial, seis meses de negociações e outros “capítulos”, a novela chegou ao fim. Assim que fechou a compra, Musk demitiu o CEO da empresa, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e o chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde.

Enquanto isso, Bret Taylor — que atuava como presidente do Twitter desde novembro de 2021 — atualizou o perfil no LinkedIn para informar que não está mais no cargo.

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Durante os meses de negociação, Musk acusou os executivos da empresa de não terem sido claros sobre o número de contas falsas na mídia social. A Bloomberg informou hoje que Musk planeja assumir o cargo de CEO do Twitter.

A exchange de criptomoedas Binance, que já havia prometido US$ 500 milhões para apoiar o acordo, confirmou que agora é investidora do Twitter.

“Estamos empolgados em poder ajudar Elon a concretizar uma nova visão para o Twitter. Pretendemos desempenhar um papel na união das mídias sociais e da web 3.0 para ampliar o uso e a adoção da tecnologia cripto e blockchain”, disse o fundador e CEO da Binance, Changpeng Zhao em um comunicado.

Humanidade terá uma ‘praça digital comum’

Em sua conta no Twitter, o executivo afirmou que seu intuito com a aquisição não era ganhar dinheiro. Em vez disso, ele disse que deseja ajudar a humanidade a ter uma “praça digital comum”.

“A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum , onde uma ampla gama de crenças possa ser debatida de maneira saudável, sem recorrer à violência”, disse ele em um texto na rede social.

Musk disse ainda que existe hoje um “grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de eco de extrema direita e extrema esquerda”. E isso, de acordo com Musk, é culpa da própria mídia:

“Na busca incansável por cliques, grande parte da mídia tradicional alimentou e atendeu a esses extremos polarizados. Isso porque acredita que é isso que traz o dinheiro. Mas, ao fazê-lo, perde-se a oportunidade de diálogo”, completou.

Com relação à publicidade na plataforma, Musk disse que ela precisa ser relevante. Caso contrário é spam. Dessa forma, o Twitter aspira ser “a plataforma de publicidade mais respeitada do mundo”.

E a Dogecoin?

Como era de se esperar, a moeda meme favorita de Musk reagiu bem às novidades. De acordo com dados do CoinGecko, só nas últimas 24 horas o preço de DOGE subiu quase 8%. Considerando os últimos sete dias, a valorização passa de 36%.

O preço da memecoin saiu de R$ 0,30 no dia 21 de outubro para um pico de R$ 0,44 na quinta-feira (27). No momento da escrita desta matéria, DOGE recuou ligeiramente para R$ 0,43.

Gráfico de preço da Dogecoin nos últimos sete dias. Fonte: CoinGecko

Relembre a saga por trás da compra do Twitter

Musk começou a se preparar para comprar o Twitter já em janeiro deste ano, mas de forma mais discreta. Ele passou a comprar ações de forma regular até atingir uma participação de 5% na empresa em meados de março. No mês seguinte, Musk se tornou o maior acionista do Twitter e no fim do mês lançou a proposta de adquirir a empresa por US$ 44 bilhões (ou US$ 54,20 por ação).

A partir de maio, as coisas começaram a desandar. Musk alegou, em várias ocasiões, que a rede social não era transparente em relação ao número real de usuários ativos e de bots. Então, no dia 8 de julho, Musk anunciou, de forma oficial, que estava desistindo do negócio. O empresário alegou que a rede social violou o acordo ao apresentar dados enganosos sobre o número de perfis falsos e bots. Diante disso, o Twitter entrou com um processo contra ele para que o acordo fosse fechado.

Após várias reviravoltas, no início de outubro, o CEO da Tesla pediu a um juiz a suspensão do litígio com a empresa de rede social para fechar o negócio e comprar o Twitter até o fim do mês – o que , de fato, ocorreu.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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