Foto: Gustavo Petro/Facebook
O senador colombiano e possível candidato à presidência do país em 2022, Gustavo Petro, afirmou que a Colômbia deve usar suas fontes renováveis de energia para produzir Bitcoin em vez de cocaína.
A afirmação foi feita em sua conta no Twitter no dia 1º de outubro. Na ocasião, Petro retuitou uma publicação sobre o anúncio do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, de que o país havia começado a minerar Bitcoin usando energia vulcânica.
Então, Petro comentou:
“E se a costa do Pacífico aproveitasse as quedas íngremes dos rios da cordilheira ocidental para produzir toda a energia do litoral? E substituir a cocaína por energia para as criptomoedas? A moeda virtual é pura informação. E, portanto, energia.”
Essa não é, no entanto, a primeira vez que Petro se posiciona a favor do Bitcoin. Em 2017, quando disputava as eleições presidenciais colombianas, ele chegou a afirmar que a criptomoeda “tira o poder de emissão dos estados”, referindo-se à descentralização do BTC.
Além disso, falou que o Bitcoin é uma “moeda comunitária” baseada na confiança de quem o usa.
Petro não aprofundou muito o assunto. Mas para o analista de política energética da América Latina, Wesley Tomaselli, o senador está certo sobre a mineração:
“Ele está certo de que a Colômbia tem um grande potencial para mineração de Bitcoin. Isso porque cerca de três quartos de sua geração de eletricidade vêm de energia hidrelétrica”, disse ao Decrypt. “O problema é que Petro parece estar vendendo a mineração de Bitcoin como um modelo alternativo de desenvolvimento para o cultivo de coca e os embarques de cocaína. Não é. A menos que Petro tenha uma varinha mágica.”
De acordo com um relatório da ONU, em 2020, a Colômbia foi o primeiro país em termos de produção de cocaína do mundo.
A zona costeira do Pacífico da Colômbia, em particular, tem um alto nível de cultivo ilícito de folha de coca.
Segundo o pesquisador Fernando Castrillón, as comunidades indígenas do litoral têm sido afetadas por essa prática que desvia recursos naturais.
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