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Coinbase criou grupo para especular com criptomoedas, diz WSJ; exchange nega

Uma reportagem do The Wall Street Journal (WSJ) desta quinta-feira (22) afirmou que a exchange de criptomoedas Coinbase, uma das maiores do mundo, criou um grupo para especular com criptomoedas usando o seu próprio dinheiro, o que a reportagem chama de “negócio controverso”.

De acordo com a matéria, em 2021 a empresa de cripto contratou ao menos quatro traders sêniors de Wall Street para formar um grupo a fim de gerar lucros com ativos digitais por meio de negociações e de staking.

Negociação proprietária?

Fontes próximas à empresa disseram que se tratou de uma negociação “proprietária”. Negociação proprietária – ou “negociação prop” – é quando uma empresa se envolve na negociação de ações, títulos, moedas ou commodities usando seu próprio dinheiro em vez do de seus clientes. Ou seja, a empresa investe para ganho direto de mercado em vez de ganhar comissões por negociar ativos em nome de clientes.

Trata-se, portanto, de uma atividade repleta de riscos e potenciais conflitos de interesse para a empresa. Afinal, caso as negociações tenham algum efeito sobre os preços desses ativos, isso poderia prejudicar os clientes.

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Ainda segundo o WSJ, o grupo teria feito uma transação de US$ 100 milhões no início deste ano em um “teste”.

A exchange teria, inclusive, levantado fundos com a ajuda de uma “nota estruturada” vendida para a Invesco Ltd. a uma taxa de 4,01%. Um porta-voz da Invesco confirmou o acordo. Mas disse que a empresa “não tinha exposição direta à criptomoeda”.

O que disse a Coinbase

Logo após a publicação da matéria, a Coinbase disse em um post no seu blog que “ao contrário de muitos concorrentes” não faz negociações proprietárias.

“De fato, um dos pontos fortes da nossa plataforma Institutional Prime é o nosso modelo de negociação apenas de agência, em que atuamos apenas em nome de nossos clientes. Como resultado disso, os nossos incentivos e os incentivos de nossos clientes são alinhados por design”, disse a Coinbase.

Além disso, a exchange disse que, de tempos em tempos, compra cripto para a sua tesouraria e com propósitos operacionais.

Dessa forma, a empresa não vê a atividade como uma negociação proprietária. Afinal, o seu objetivo não é se beneficiar de aumentos de curto prazo no valor da criptomoeda que está em negociação.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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