Uma nova startup foi lançada no dia 19 de Julho ao mercado com o objetivo de proteger a identidade dos americanos, um assunto bastante polêmico, especialmente depois das filtrações bem conhecidas Wikileaks sobre a vigilância e espionagem das agências de inteligência americanas.
A startup chamada Civic visa combater a fraude de identidade pela tecnologia blockchain, oferecendo um seguro de 1 milhão de dólares contra roubo de identidade. A empresa irá notificar os usuários quando o seu número da Segurança Social for usado por um aliado do Civic, que pode ser verificado, aprovado ou negado através da aplicação móvel.
Tendo como referência o relatório de fraude de identidade realizado pela empresa de consultoria Javelin, Civic afirma que cerca de 13 milhões de americanos são vítimas de fraude de identidade, e que durante o ano de 2015 houve um aumento de 113% dos casos. O relatório observa que o número de vítimas atingiu o seu segundo pico mais alto em seis anos e que os criminosos roubaram cerca de 122 bilhões de dólares no mesmo período de tempo.
Essa startup foi fundada por Vinny Lingham, reconhecido como empresário Sul-Africano que vendeu a empresa Gyft por 54 milhões de dólares para a empresa de pagamentos First Data, em meados de 2014. O empresário que está atualmente estabelecido na cidade de San Francisco, também faz parte do júri de um reality show para os empresários na África do Sul chamado de Dragons Den.
Estamos desenvolvendo produtos e redes que exigem o consenso do consumidor antes que as informações sejam compartilhadas ou divulgadas”, diz o comunicado oficial da empresa antes de seu lançamento.
O sistema de Segurança Social não foi construído para identificar apenas as pessoas, mas sim criado como uma conta de poupança de aposentadoria. Acredita-se agora que seja apenas um sistema de identificação, mas não foi criado para o aplicativo que é dado hoje. – Vinny Lingham
Lingham, que também é membro da Fundação Bitcoin, expressou preocupação com o roubo de identidade e do uso que pode ser dado ao número de Segurança Social, sem seu proprietário estar ciente.
Quando se acessa um número de Segurança Social, o criminoso pode se passar por você. A questão é que os americanos não têm controle sobre quando ou onde se está usando a sua informação pessoal e para que, mas na Civic queremos mudar isso.
O sistema funciona usando a blockchain e um método de autenticação que compara o usuário original com o outro usuário que afirma ser. Outros métodos incluem o envio de um SMS ou um e-mail quando se inicia uma sessão em serviços de correio. A empresa lançou o seu aplicativo beta gratuitamente.
A Civic dará um passo adiante e fornecerá aos membros a possibilidade de aprovar ou negar uma transação apenas ao apertar um botão. Civic projetou uma autenticação de duas vias: uma usuário-entidade e outra entidade-usuário, mantendo a privacidade do início ao fim para ambas as partes. As entidades, que pagarão a Civic, serão parte deste processo e serão alertadas quando o proprietário da identidade negar a transação, permitindo-lhes parar instantaneamente a fraude.
Lingham ressalta também a facilidade do blockchain para registrar não mais do que uma cópia do mesmo objeto na rede, o que a torna uma tecnologia muito segura contra, por exemplo, a identidade duplicada.
Fundada em Palo Alto, Califórnia, Civic arrecadou 2,75 milhões de dólares em financiamento de Social Leverage com outras empresas especializadas em blockchain e bitcoin.
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