Investir em Bitcoin é bastante simples: com R$50,00 e um smartphone já é possível ser dono de uma fração da criptomoeda. No entanto, existem vários aspectos que tornam a decisão mais complicada do que a sua simples execução, pois todo investimento requer um planejamento eficaz.
Em momentos de baixa, é comum as pessoas virem com argumentos como “o Bitcoin morreu” ou que “não compensa investir em um ativo tão volátil”, “é loteria” e coisas do tipo. Por isso, é sempre bom fazer algumas perguntas a si mesmo antes de aplicar seu dinheiro em qualquer lugar. E com o Bitcoin não é diferente, por isso trazemos uma lista de cinco perguntas que você deve fazer antes de comprar qualquer quantia em Bitcoin.
Tomar qualquer decisão sem um planejamento prévio geralmente é o primeiro passo para sofrer perdas colossais. Muita gente que comprou Bitcoin sem um motivo certo, levado apenas pela euforia de mercado, acabou sofrendo quando veio a primeira correção forte. Por isso, comece com a pergunta: qual o meu objetivo com esse investimento? Ou para que ele me será útil? Assim você terá mais convicção ao comprar Bitcoin e também ao escolher quanto dinheiro pretende aplicar.
Ao adquirir uma fração de Bitcoin, você começará a fazer parte de um mercado totalmente novo, com pouco mais de 10 anos de existência. Por isso, o aprendizado é fundamental. Como toda tecnologia nascente, o Bitcoin ainda está em um estágio muito primitivo de desenvolvimento – pense na Internet dos anos 90. Você precisará dedicar tempo para aprender o que é e como o Bitcoin funciona, para que ele serve, como usá-lo para adquirir bens, entre outros aspectos. E quanto maior o capital investido, maior o risco de perda e, consequentemente, mais estudo você precisará ter.
Para começar esse tópico, vamos a duas perguntas dentro da pergunta. A primeira é: você investiria em um ativo que apresentasse esse histórico de preço?
E que tal com o histórico mostrado no gráfico abaixo?
Podemos notar que apesar de ambos os gráficos apresentarem oscilações de preço, o segundo mostra nitidamente uma tendência positiva. A única diferença entre ambos é o prazo: o primeiro mostra o preço do Bitcoin nos últimos 30 dias, enquanto o segundo mostra a evolução do preço desde o surgimento da moeda – ou seja, nos últimos 10 anos.
Isso posto, podemos concluir que o Bitcoin é um ativo que apresenta forte volatilidade no curto prazo, podendo até gerar perdas ao investidor. No longo prazo, entretanto, a tendência é de alta, ainda que com oscilações. Por isso, tenha sempre em mente o prazo em que você deseja obter rendimentos. No curto prazo (como para reserva de emergência ou o dinheiro de uma viagem), o Bitcoin pode não ser a melhor opção. Já como uma reserva de valor de longo prazo sua performance é muito melhor.
De certa forma, comprar Bitcoin é como comprar uma barra de ouro: a custódia de ambos só é realmente segura se você tiver o controle sobre as senhas que os protegem. Ao contrário do metal amarelo, porém, guardar Bitcoins é muito mais fácil e barato, podendo ser feito no smartphone ou até em um pedaço de papel.
Por isso, saber como criar a sua carteira é fundamental para quem você não corra o risco de perder seu dinheiro – a perda da senha de uma carteira representa a perda definitiva de seus Bitcoins. Jamais confie em exchanges ou outras empresas a custódia de seus Bitcoins e leia sobre como criar uma carteira antes de aplicar qualquer dinheiro nele.
Quem acompanhou a alta histórica do mercado pode ter ficado com a ideia de que investir em Bitcoin é garantia de lucro. Nada poderia estar mais longe da verdade: como vimos anteriormente, o Bitcoin é um ativo muito volátil e pode dar prejuízos no curto prazo.
Por esse motivo que esta pergunta é a mais importante de toda a lista: você deve se preocupar com potenciais perdas, especialmente se não consegue lidar com a variação do Bitcoin. Por conta disso, nunca utilize um dinheiro que você precisará no curto prazo para adquirir a criptomoeda, pois em caso de baixa no mercado você poderá ter que arcar com um forte prejuízo.
Ao comprar Bitcoin, use sempre o dinheiro da cachaça e nunca o dinheiro do leite das crianças.
E então, já tem as respostas para as perguntas acima? Se sim, então trace sua estratégia de investimento e boa sorte!
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Aviso: O texto apresentado nesta coluna não reflete necessariamente a opinião do CriptoFácil