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‘Ciclo de alta do Bitcoin acabou’, afirma CEO da CryptoQuant

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Ki Young Ju, CEO da CryptoQuant, afirmou que o ciclo de alta do Bitcoin terminou, baseando-se em dados on-chain que indicam estagnação da capitalização realizada — métrica que mede o capital real injetado no mercado.

“O preço do BTC está 25% abaixo de seu recorde histórico. A pressão de venda supera a demanda, mesmo com entradas de capital. A capitalização realizada, calculada pelo custo médio das carteiras multiplicado pelo BTC em circulação, não acompanha a valorização do mercado, sinalizando risco de tendência baixista”, explicou Ju no X

De acordo com Ju, a diferença entre capitalizações é crucial. Enquanto a capitalização de mercado reflete preço recente versus oferta, a realizada mostra dinheiro real em circulação.

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Compras pequenas podem inflar a capitalização de mercado, mas não significam entrada massiva de recursos”, destacou.

Imagem: CryptoQuant

Além disso, o gráfico da CryptoQuant revelam divergência preocupante. Apesar da capitalização de mercado elevada, uma área vermelha no final do gráfico indica início de fase baixista.

Historicamente, reversões levam seis meses”, alertou Ju, descartando recuperação rápida.

O anúncio ocorre em meio a turbulências globais. Políticas comerciais de Donald Trump geraram volatilidade em ativos de risco. Na última semana, 90 das top 100 criptomoedas tiveram quedas, refletindo fuga para ativos seguros, como títulos do Tesouro.

Alta do Bitcoin acabou

Bitcoin, porém, mostra sinais de descorrelação. Parte da comunidade argumenta que o BTC não segue mais tendências de risco tradicional, mas Ju é cético:

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“O mercado ainda é guiado por liquidez e pressão de venda”.

O “Dia da Liberação” — quando Trump anunciou medidas — intensificou vendas. Mesmo assim, o preço do BTC se mantém 60% acima do início de 2024, indicando resiliência relativa. “Ajustes são normais após altas expressivas”, comentou um trader anônimo.

Para Ju, o problema está na liquidez. “Quando a pressão de venda é alta, nem compras grandes sustentam preços”, exemplificou, lembrando que o BTC não reagiu significativamente perto de US$ 100 mil, mesmo com volume elevado.

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Especialistas dividem-se sobre o futuro. Alguns veem oportunidade de compra na baixa, enquanto outros recomendam cautela até claros sinais de recuperação. “O mercado precisa de um catalisador novo”, resumiu uma analista independente.

A CryptoQuant mantém previsão conservadora: sem reversão antes de seis meses.

Ciclos anteriores mostram que paciência é essencial”, reforçou Ju, lembrando que criptoinvernos duram em média 18 meses.

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Investidores institucionais monitoram indicadores. “A capitalização realizada parada é um alerta”, admitiu um gestor de hedge fund. Fundos têm reduzido exposição a cripto desde abril, segundo relatórios do mercado.

No curto prazo, técnicos apontam suporte em US$ 78 mil que se rompido,  e o BTC fechar abaixo desta marca, ele pode buscar os US$ 70 mil.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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