Tecnologia

Cibercriminosos devem abandonar o Bitcoin com melhora no rastreamento, diz Kaspersky

O Bitcoin (BTC) tende a perder relevância entre os cibercriminosos à medida que a regulação e o rastreamento de transações se expandem. Foi o que revelou a empresa de segurança Kaspersky em seu relatório mais recente. De acordo com a publicação, as negociações e pagamentos de ransomware vão começar a depender menos do Bitcoin como transferência de valor.

“À medida que as sanções continuam a ser emitidas, os mercados se tornam mais regulamentados e as tecnologias melhoram no rastreamento do fluxo e das fontes do Bitcoin, os cibercriminosos se afastarão dessa criptomoeda para outras formas de transferência de valor”, escreveram os especialistas.

O Boletim de Segurança da Kaspersky fez uma retrospectiva do ano de 2022 com relação aos crimes cibernéticos. Além disso, apontou o que se pode esperar para o ano de 2023. Ou seja, listaram quais tendências principais serão seguidas no próximo ano pelos invasores que visam as organizações financeiras.

Essas previsões, segundo a empresa, ajudam indivíduos e empresas a melhorar sua segurança cibernética e prevenir uma vasta gama de riscos possíveis. Apesar de os cibercriminosos começarem a deixar de lado o BTC em seus crimes, as criptomoedas em geral continuarão sendo uma tendência em 2023.

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Ataques com criptomoedas em 2022

Com relação ao uso de cripto por cibercriminosos em 2022, o relatório destacou que o crescimento dos negócios do setor atrai grupos com foco no cibercrime. E não apenas grupos de crimes cibernéticos. Mas também grupos patrocinados por Estados que já começaram a atacar esse setor.

As principais formas de roubar criptomoedas em 2022 foram: phishing; criação de plataformas duvidosas de negociação de criptomoedas; e cryptojacking- técnica que “sequestra” um computador para minerar criptomoedas contra a vontade dos usuários. Outras ameaças relacionadas a criptomoedas incluem carteiras de hardware falsas, ataques de contratos inteligentes, hacks em DeFi e muito mais.

“Na disputa por oportunidades de investimento em criptomoedas, nós cremos que os cibercriminosos tirarão proveito da fabricação e venda de dispositivos não autorizados com backdoors, seguidos por campanhas de engenharia social e outros métodos para roubar os ativos financeiros das vítimas”, disseram.

Conforme apontaram, desde o início de 2022, os cibercriminosos roubaram US$ 3 bilhões de protocolos DeFi. Ao todo, foram 125 hacks de criptoativos no total – até agora.

De acordo com os dados mais recentes de DeFi, a cada hora detecta-se 15 golpes contra contratos inteligentes. Nesse ritmo, 2022 provavelmente ultrapassará 2021 como o maior ano de hackers.

“A falta de segurança de ponta para contratos inteligentes leva a ataques a essas plataformas. E, com base no funcionamento do modelo de negócios, ao roubo potencial de muito dinheiro”, disseram.

Tendências para 2023

Os analistas destacaram que em 2023 a Web 3.0 vai continuar a ganhar força. Nesse sentido, as ameaças ao setor vão continuar a crescer. Contudo, a Kaspersky observou que os usuários agora estão mais cientes dos golpes com ativos digitais. Por isso, não devem cair em golpes primitivos, como vídeos de deepfake que prometem grandes retornos em esquemas duvidosos de criptomoedas.

“Mas os cibercriminosos continuarão a tentar roubar dinheiro por meio de ICOs e NFTs falsos, juntamente com outros roubos baseados em cripto (como a exploração de contratos inteligentes vulneráveis), mas os tornarão mais avançados e difundidos”, concluíram.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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