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Uma pesquisa recente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) revelou que, em 2021, as criptomoedas representaram 2% dos investimentos feitos no Brasil.
Com base nos números do Banco Mundial, isso representa cerca de 4,2 milhões de pessoas do total aproximado de 212,6 milhões.
De acordo com o relatório, publicado na quarta-feira (8), os ativos digitais são mais populares no Brasil entre os mais jovens. Afinal, as gerações Z (16 a 25 anos) e Millenials (26 a 40 anos) são as que mais compram criptoativos.
Os resultados fazem parte da quinta edição da pesquisa “Raio X do Investidor Brasileiro” da Anbima, associação que representa as instituições do mercado de capitais brasileiro.
Neste ano, pela primeira vez, a associação incluiu as classes D e E no levantamento – o que representa 168 milhões de brasileiros.
Além disso, a pesquisa apresenta novos recortes em relação aos anos anteriores. Além de gênero, a Anbima investigou o comportamento financeiro dos brasileiros por raça, orientação sexual e geração.
“O comportamento dos investidores pode mudar de acordo com o gênero, a orientação sexual e a raça. Mergulhar nesse detalhamento é uma forma de enxergar como cada perfil trata suas finanças e se adequar, caso necessário, para atender cada um deles de maneira mais eficiente”, destacou a associação.
Para o estudo, a Anbima entrevistou 5.878 pessoas, todas com 16 anos ou mais, das cinco regiões do Brasil. A aquisição de dados ocorreu entre os dias 9 e 30 de novembro de 2021.
Dos produtos financeiros disponíveis, os brasileiros conhecem mais a poupança, que apareceu em 11% das citações espontâneas.
Em seguida, vêm as ações na bolsa de valores (10%). Empatados com 6% estão os fundos de investimento e os títulos públicos e títulos privados.
Por fim, com um percentual de 5%, as moedas digitais também são lembradas pela população, principalmente entre as pessoas da classe A/B (10%).
Conforme mostram os resultados do estudo, um terço dos brasileiros investe em produtos financeiros, com destaque para a classe A/B.
A poupança é a forma de “investimento” preferida, com aplicações de 23% da população.
“Mas há espaço para novos produtos: as criptomoedas totalizaram 2% dos investimentos feitos em 2021 – são mais populares entre as gerações Z e Millenials – empatadas com os títulos públicos, ações e títulos privados”, destaca o relatório.
Fonte: Anbima
Fazendo um recorte por gênero, os dados mostram que os ativos digitais são mais populares entre os homens.
Os criptoativos são opções de investimentos para apenas 4% das mulheres. Enquanto isso, para os homens, esse percentual salta para 11%.
Com relação à faixa etária, a pesquisa aponta que tanto os Boomers (61 a 75 anos) quanto as pessoas de 76 anos ou mais, ignoram investimentos em criptoativos.
Já 5% da geração Z e 4% dos Millenials declaram investir no produto. Por fim, apenas 1% da Geração X (41 a 60 anos) investe em moedas digitais.
Na hora de escolher o tipo de produto para investimento, o principal motivo citado pelos brasileiros é a segurança (35%). Já o segundo critério mais levado em conta é o retorno financeiro possível (17%).
Por fim, com relação às perspectivas para 2022, ou seja, as intenções de investimento para este ano, a poupança lidera com 21% na população em geral.
Na sequência, na preferência da população como um todo, ficaram a compra e venda de imóveis, com 11%. Enquanto isso, as moedas digitais e ações ficam com 4% cada.
No caso dos ativos digitais, o percentual representa o dobro do total de brasileiros que disseram investir em cripto em 2021.
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