Segurança

Carteiras de Bitcoin são alvos de malware disfarçado de atualização

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Pesquisadores da ReversingLabs identificaram malwares disfarçados de pacotes legítimos direcionados à bitcoinlib, uma biblioteca Python amplamente utilizada para criação e gerenciamento de carteiras de Bitcoin. Com mais de 1 milhão de downloads, a biblioteca atraiu a atenção de agentes maliciosos que publicaram dois pacotes comprometidos no repositório oficial: “bitcoinlibdbfix” e “bitcoinlib-dev”.

De acordo com o relatório, os pacotes se apresentavam como soluções para um erro que surgia durante transferências de Bitcoin. Isso enganava usuários que buscavam resolver o problema. Os códigos maliciosos tentavam sobrescrever comandos legítimos com o objetivo de acessar e extrair arquivos de banco de dados sensíveis. O ataque compromete informações dos desenvolvedores e, potencialmente, de usuários finais.

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Carteiras de Bitcoin são alvo de malware

Os responsáveis pela publicação dos pacotes chegaram a participar de discussões no GitHub, pressionando outros desenvolvedores a adotarem as bibliotecas alteradas. No entanto, usuários reconheceram a fraude e houve a remoção dos pacotes. Ou seja, agora, isso não representa mais um risco.

A detecção ocorreu por meio de modelos de machine learning, que analisaram o comportamento dos pacotes e identificaram semelhanças com malwares anteriores. Conforme apontou a ReversingLabs, esse tipo de detecção automatizada é uma resposta necessária diante do aumento nos ataques à cadeia de suprimentos de software voltados ao setor de carteiras de Bitcoin e demais criptomoedas.

Karlo Zanki, engenheiro da empresa, afirmou que o volume crescente de novos pacotes publicados diariamente representa um desafio para organizações de segurança, e que modelos baseados em aprendizado de máquina são atualmente a melhor solução disponível para mitigar esses riscos.

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Esse episódio soma-se a outras campanhas recentes voltadas a desenvolvedores cripto. Em fevereiro, a Kaspersky alertou sobre malwares distribuídos via repositórios GitHub, que sequestravam endereços de carteiras e redirecionavam fundos para os atacantes. Já variantes do malware XCSSET continuam em circulação, com capacidade de tirar capturas de tela, registrar atividades e extrair dados de contas do Telegram.

A crescente sofisticação desses ataques reforça a importância de verificações automatizadas e da atenção redobrada por parte de desenvolvedores ao integrar novas bibliotecas em seus projetos. Além disso, hackers estão vendendo celulares com malware que rouba criptomoedas.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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