A Caixa Econômica Federal, instituição financeira sob a forma de empresa pública, será o primeiro banco a consultar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos seus clientes com a tecnologia blockchain.
Isso porque o banco contratou a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) para integrar a solução chamada bCPF.
Essa solução, baseada em blockchain, viabiliza a consulta do cadastro por meio da Tecnologia de Registro Distribuído (DLT, na sigla em inglês).
Agora, de acordo com uma matéria do Cointelegraph Brasil, publicada na segunda-feira (28), a Caixa vai consultar a base de cadastros do CPF usando a tecnologia.
Nesse sentido, o contrato formado entre a Caixa e a Dataprev destaca:
“Prestação de serviços de processamento de dados base CPF por blockchain, adequando a CAIXA as novas tecnologias de segurança e compliance do mercado.”
Conforme noticiou o CriptoFácil, em 2019, a Receita Federal do Brasil (RFB) anunciou seus planos de armazenar o CPF em uma rede blockchain. O projeto levou o nome de bCPF e foi anunciado como um dos objetivos da RFB para 2020.
Já em maio deste ano, os estados brasileiros começaram a ser integrados na rede pela Dataprev.
Conforme explicou o auditor da RRB, Ronald Thompson, o que motivou o desenvolvimento da solução foi o alto custo:
“Temos que pensar fora da caixa. O pai do primeiro projeto em blockchain da Receita é o TCU. Ele afirmou que as soluções da receita eram caras e não eram eficientes para o futuro do governo digital. E isso inviabiliza a integração com outros órgãos da administração pública. Por isso resolvemos pensar fora da caixa e desenvolver algo novo”, disse ele.
A RFB informou ainda que o bCPF atende à Portaria RFB nº 1.788/2018. Essa portaria aborda o compartilhamento de dados cadastrais no âmbito da administração pública federal:
“O compartilhamento dos dados cadastrais, como a base no CPF, é uma obrigação das administrações tributárias. Ele está previsto no art. 37, inciso XXII, da Constituição Federal. Além disso, o CPF é um dos números de identificação utilizados no Brasil, com mais de 800 convênios de troca de informações celebrados entre a Receita Federal e vários órgãos.”
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