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Brasil ordena que Worldcoin suspenda coleta de íris imediatamente

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou que a Worldcoin suspenda imediatamente os pagamentos pela coleta de íris no Brasil.

A decisão, publicada hoje (11/02) no Diário Oficial da União, confirma a negativa ao recurso apresentado pela Tools For Humanity (TFH), empresa responsável pelo projeto World ID.

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A empresa havia solicitado um prazo adicional de 45 dias para ajustar seu aplicativo e encerrar a oferta de recompensas financeiras. No entanto, a ANPD negou o pedido, argumentando que a suspensão poderia ser realizada por outros meios, como o adiamento de novos agendamentos.

A diretora Miriam Wimmer, relatora do caso, destacou em seu parecer que a compensação financeira em criptomoedas influencia indevidamente a decisão dos titulares de dados. Ou seja, muitas pessoas podem aceitar a coleta de sua íris apenas por necessidade financeira, sem considerar os riscos e a real finalidade do processo.

Imagem: Gov.br

Worldcoin terá que suspender atividades no Brasil

A Worldcoin afirmou que, diante da decisão, optou por pausar voluntariamente suas operações no Brasil. Em nota, a empresa afirmou que precisará de tempo para cumprir a determinação da ANPD.

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“Estamos voluntariamente e temporariamente pausando o serviço de verificações, mas os espaços físicos da Worldcoin seguirão abertos para fornecer informações ao público”, declarou.

A TFH tem 10 dias úteis para apresentar uma declaração oficial assinada por um representante legal, comprovando o fim dos pagamentos. As demais exigências estabelecidas pela Coordenação-Geral de Fiscalização da ANPD permanecem em vigor.

O projeto Worldcoin, fundado por Sam Altman, CEO da OpenAI, enfrenta restrições em diversos países por preocupações com privacidade e proteção de dados biométricos. Argentina, República Dominicana, Peru, Hong Kong, Portugal, entre outros, já determinaram que a empresa exclua todos os registros de íris coletados.

No Brasil, a Worldcoin retomou suas atividades no final de 2024, mas agora enfrenta novas barreiras regulatórias.

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Emissora da criptomoeda Worldcoin (WLD), a TFH realiza o escaneamento da íris ocular dos voluntários com o objetivo de criar uma identidade única e inviolável.

Como incentivo, a empresa paga 25 WLD para cada usuário logo após o registro e, ao longo de um ano, os depósitos acumulam um total de 48,5 WLD. 

No momento da redação desta matéria, cada token WLD está custando US$ 1,28, com uma queda semanal de 4,5%, de acordo com dados do CoinGecko.

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Gráfico de preço da Worldcoin – Fonte: CoinGecko
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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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