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Bolsonaro ignorou Exército ao não usar blockchain para rastrear armas

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Documentos mantidos em segredo revelam que Bolsonaro ignorou um estudo do Exército para revogar as portarias que visavam controlar a produção de armas e munições.

Uma portaria previa o rastreamento de armas e munições e registro da cadeia de produção em blockchain. Dessa forma, garantindo a autenticidade e integridade das informações.

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Documentos eram mantidos em sigilo pelo governo

O jornal O Globo teve acesso aos documentos mantidos em sigilo pelo governo. Os arquivos mostram que o Exército elaborou estudos, encomendou pareceres e consultou fabricantes antes de editar as três portarias no início do ano.

Além disso, os documentos evidenciam a importância delas para reforçar a fiscalização do setor e auxiliar nas investigações de crimes. Entretanto, apesar deste estudo aprofundado, Bolsonaro revogou as portarias em abril.

Como noticiou o CriptoFácil, na ocasião, ele alegou que elas não se adequavam às suas “diretrizes definidas em decretos”.

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A partir de então, o Exército passou a afirmar que a revogação se deu porque os estudos continham erros. 

No entanto, não é isso que mostra parte dos documentos obtidos pela reportagem. O material vinha sendo mantido em sigilo pelo Exército com aval da Controladoria Geral da União.

O que os documentos revelam

O referido estudo foi solicitado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que investiga os motivos para a revogação das portarias.

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Segundo O Globo, nos documentos há pareceres que justificam a importância de criação de um novo sistema para rastrear armas e munições:

“Considera-se imperativa a implementação de um sistema único que solucione o rastreamento de armas, munições, explosivos, dentre outros. O rastreamento trará vantagens competitivas para as cadeias produtivas, em virtude do seu melhor controle logístico; aprimorará mecanismos de garantia de qualidade junto aos usuários e consumidores; e gerará novas capacidades de prevenção e combate a desvios e ilícitos no trato com esses produtos”, detalhou o Exército em diretriz elaborada em 2017.

TCU já analisou os documentos

Os auditores do TCU – que já analisaram os documentos do Exército – afirmam que não encontraram informações que sustentassem os supostos erros.

Eles ainda sugerem que a ausência de fundamentação pode ser uma violação da lei que regula os atos oficiais públicos.

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Entretanto, os auditores recomendaram a paralisação das investigações até o fim de dezembro. Até lá, o Exército deve esclarecer os supostos erros nas portarias revogadas por Bolsonaro.

O Exército declarou que a revogação se deu “em virtude de questões técnicas e de redação”.

Além disso, informou que os problemas serão resolvidos com atos previstos para serem editados em novembro.

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“Cabe informar que houve significativa contribuição da sociedade para o aperfeiçoamento dos atos normativos em pauta, por intermédio da condução de Consulta Pública eletrônica”, disse o Exército.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.