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A BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, anunciou que não pretende lançar um fundo de índice de Solana (ETF) no futuro próximo.
Em uma entrevista concedida à Bloomberg em 29 de julho, Samara Cohen, CIO de ETF e investimentos em índices da BlackRock, afirmou que “vai demorar um pouco” antes que a empresa expanda sua lista de ETFs de ativos digitais além de Bitcoin e Ethereum.
De acordo com Cohen, a BlackRock avalia cuidadosamente a “investibilidade” dos ativos antes de considerar sua inclusão em um ETF.
“Nós realmente analisamos a investibilidade para ver o que atende aos critérios, o que atende ao padrão para ser entregue em um ETF”, disse Cohen.
Conforme afirmou a empresa, tanto em termos de investibilidade quanto em relação ao feedback dos clientes, Bitcoin e ETH são as únicas criptomoedas que atendem a demanda dos investidores.
“Acho que vai demorar um pouco antes de vermos qualquer outra coisa”, disse.
Essas declarações vieram após a VanEck, em 27 de junho, ter apresentado um pedido para um ETF de Solana. O movimento inspirou várias outras empresas a fazerem suas próprias solicitações para fundos de Solana (SOL).
No entanto, muitos analistas são céticos quanto à aprovação desses pedidos pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), destacando que, ao contrário de Ethereum e Bitcoin, não existem mercados futuros regulamentados para SOL nos EUA — um critério enfatizado pela SEC ao aprovar ETFs para Bitcoin e Ethereum.
Além disso, a SEC descreveu o SOL como um valor mobiliário, e não como uma commodity, em seus processos contra as exchanges centralizadas dos EUA, Coinbase e Kraken, no ano passado. Isso complica ainda mais a possibilidade de aprovação de um ETF de Solana.
A entrevista com Samara Cohen ocorreu após uma semana de estreia considerada sem brilho para os ETFs spot de Ethereum, com o setor perdendo US$ 341 milhões. As saídas foram impulsionadas pela realização de lucros de traders que compraram ações no Grayscale Ethereum Trust (ETHE) com desconto antes de sua conversão em ETF.
No entanto, excluindo o ETHE, os fundos teriam recebido US$ 1,17 bilhão em entradas. Os ETFs de Ethereum, exceto o ETHE, apresentaram fluxos positivos até agora — incluindo mais de US$ 500 milhões para o Ishares Ethereum Trust (ETHA) da BlackRock.
Cohen caracterizou a semana de estreia do ETHA como um “lançamento forte”. Contudo, reconheceu que ainda é “muito cedo” e que muitos investidores estão “encontrando os pontos de acesso ótimos” para adicionar exposição ao Ethereum em seus portfólios.
Cohen espera que grandes corretoras e firmas de valores mobiliários, como Morgan Stanley, Wells Fargo e UBS, adicionem ações de ETFs de Ethereum aos seus portfólios modelo no final de 2024 e início de 2025. Ela acrescentou que as principais instituições financeiras tradicionais ainda estão envolvidas em análises de risco e devidas diligências para avaliações em relação ao Ethereum neste momento.
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