Foto: Unsplash/BitMEX
A exchange BitMEX fechou um acordo com dois órgãos reguladores financeiros dos Estados Unidos, conforme anúncio divulgado em seu blog nesta terça-feira (10).
O acordo foram fechados co a Comissão de Negociação de Futuros de Mercadorias dos Estados Unidos (CFTC, na sigla em inglês) e a Rede de Execução de Crimes Financeiros (FinCEN). Como resultado, a BitMEX pagará uma multa no valor de US$ 100 milhões.
O valor corresponde a R$ 524 milhões na cotação atual e é referente a acusações levantadas contra a empresa em outubro de 2020. Na ocasião, a BitMEX foi processada por não estabelecer políticas para cometer crimes de lavagem de dinheiro.
Depois que efetuar o pagamento, a BitMEX ficará livre das acusações levantadas contra ela nos EUA. No entanto, o acordo não faz nenhuma menção ao ex-CEO da empresa, Arthur Hayes. Hayes viajou de Cingapura, onde morava, até o Havaí, para se entregar às autoridades dos EUA.
Por outro lado, o atual CEO da exchange comemorou a decisão. Segundo Alexander Höptner, o acordo marca o fim de uma fase e um posterior recomeço para a empresa.
“Hoje é um dia importante na história da nossa empresa e estamos muito contentes por deixar isso para trás. Conforme as criptomoedas amadurecem e entram em uma nova era, nós também evoluímos para continuar sendo a maior plataforma de derivados do mercado com uma base de usuários totalmente verificada”, falou o CEO.
De fato, a BitMEX tem adotado políticas de conformidade mais rígidas desde o início do processo. Os primeiros passos foram a contratação de um chefe de conformidade e a obrigatoriedade da verificação de identidade (KYC) para todos os clientes. Ambos foram implementados menos de três semanas após o início do processo.
O acordo da BitMEX é o último capítulo da série de acordos realizados por exchanges. O objetivo parece ser claro: atender às regras dos governos e, com isso, evitar processos ou até mesmo a suspensão de suas atividades em algum país.
A Poloniex também fechou um acordo financeiro recentemente, no qual pagou US$ 10 milhões para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês). A exchange foi acusada de vender criptomoedas classificadas como valores mobiliários, as quais dependem de autorização da SEC.
O maior alvo das autoridades é a Binance, maior exchange do mundo em volume de negociação. Após uma série de proibições, a plataforma decidiu adotar regras mais rígidas. Primeiro, diminuiu os limites de saque para contas sem KYC. Em seguida, suspendeu a negociação de derivativos em vários países.
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