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O Bitcoin ultrapassou US$ 100 mil na tarde desta quinta-feira (08), de acordo com dados do CoinGecko. O movimento de rompimento da importante marca psicológica representa uma recuperação significativa desde a mínima local de US$ 76.320 registrada em 8 de abril, em meio a incertezas macroeconômicas associadas à política comercial dos Estados Unidos sob o governo Trump.
A maior criptomoeda do mundo registra valorização de 4,4% no dia e quase 30% nos últimos 30 dias. Esta é a primeira vez que o Bitcoin atinge os US$ 100 mil desde 4 de fevereiro. No momento da redação desta matéria, o BTC custa exatamente US$ 101.176.
De acordo com analistas, a valorização recente pode ter relação com o retorno das negociações comerciais entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e autoridades chinesas, com encontros agendados na Suíça. O presidente Donald Trump declarou nesta quinta-feira que pode fechar acordos comerciais com o Reino Unido e outros países ainda nesta semana.
Para Geoffrey Kendrick, analista do Standard Chartered, o Bitcoin está sendo impulsionado principalmente por fluxos de entrada no mercado.
“Acredito que uma nova máxima histórica para o Bitcoin está próxima. Minha meta de US$ 120 mil para o segundo trimestre parece muito viável”, afirmou Kendrick.
Além disso, ele observou que o Bitcoin, antes atrelado ao desempenho de ações de tecnologia, passou a funcionar como proteção durante quedas do mercado acionário em abril.
De acordo com Kendrick, mais de US$ 3,5 bilhões em fundos de produtos de Bitcoin à vista entraram no mercado nas últimas três semanas. Ele também destacou o impacto do plano anunciado pela Strategy (ex-MicroStrategy), que pretende levantar US$ 84 bilhões para comprar Bitcoin, por meio da estratégia “42/42”.
A Strategy já detém 555.450 Bitcoins, o que equivale a 2,6% de todos os Bitcoins que existirão. Caso o plano seja executado com o preço atual de US$ 100 mil, a empresa poderá adquirir mais 840 mil unidades da criptomoeda.