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Bitcoin pode repetir alta no estilo ‘pós-COVID’, diz Bitwise

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Em um memorando dirigido aos investidores na última segunda-feira (05), o Diretor de Tecnologia (CIO) da Bitwise, Matt Hougan, destacou que a recente queda no mercado de criptomoedas pode representar uma “oportunidade” para o Bitcoin (BTC). Na análise, ele comparou a situação atual com a recuperação observada após o lockdown da COVID-19.

Nos últimos dias, o Bitcoin sofreu sua maior perda desde o colapso da FTX, caindo cerca de 20% entre sexta-feira e a manhã de segunda-feira. Essa movimentação levou a uma perda de mais de meio trilhão de dólares no mercado cripto desde o início de agosto.

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Uma série de eventos negativos contribuiu para essa queda acentuada. A lista de eventos críticos inclui, por exemplo, dados abaixo do esperado sobre a folha de pagamento não agrícola nos Estados Unidos, tensões geopolíticas no Oriente Médio, aumento da taxa de juros no Japão e o aumento das probabilidades de Kamala Harris no Polymarkets.

Esses fatores, aliados a um fim de semana de baixa liquidez, intensificaram o impacto no mercado. Mas não foi apenas o mercado cripto que sofreu; todo o mercado de capitais despencou, com a bolsa de valores japonesa sendo a mais afetada.

Bitcoin pode ter alta similar ao pós-COVID

Hougan destacou que a última vez que o mercado de capitais enfrentou uma venda tão intensa foi em 12 de março, durante uma emergência global devido ao impacto da COVID-19. Naquela ocasião, o Bitcoin sofreu uma queda de 37%, passando de US$ 7.911 para US$ 4.971.

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No entanto, ele destacou que crises externas não alteram os fundamentos do Bitcoin. Os programas de flexibilização quantitativa e cortes de taxas pelos bancos centrais resultaram em uma rápida recuperação do Bitcoin, que aumentou mais de 1.000%, chegando a US$ 57.322 em um ano, observou Hougan.

“Simultaneamente, a COVID-19 impulsionou os motivos para a ascensão de longo prazo do Bitcoin. Demonstrou que os bancos centrais interviriam para salvar a economia ao menor sinal de problemas, revelou as limitações das instituições centralizadas e nos lembrou que o futuro é mais online e digital”, disse Hougan.

Expectativas para o futuro próximo

Participantes do mercado, incluindo o CEO da Tesla e SpaceX, Elon Musk, e Jeremy Siegel, da Wharton, começaram a antecipar um corte de taxa pelo Federal Reserve em sua reunião de setembro. Além disso, o Polymarket indica que as chances de um corte de mais de 50 pontos base já superaram 55%. Hougan ressaltou alguns indicadores a serem observados antes de uma possível recuperação do mercado.

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Em primeiro lugar, ele destacou que é fundamental verificar se o mercado cripto encontrou seu fundo. Isso porque mais de 1 bilhão em liquidações pode indicar que o fundo está próximo. De acordo com Ki Young Ju, fundador e CEO da CryptoQuant, o Bitcoin ainda está acima do custo médio de mineração das empresas. Uma queda abaixo desse nível confirmou um mercado de baixa em quedas anteriores.

Além disso, é importante observar a saúde geral das empresas de criptomoedas. Afinal, a crise de 2022 mostrou que declínios acentuados no mercado “podem derrubar empresas com balanços excessivamente alavancados”.

Ainda, é fundamental monitorar os fluxos em ETFs de criptomoedas para ver se os investidores desses ETFs estão vendendo suas participações ou agindo como um suporte para o mercado.

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O analista da Bloomberg, James Seyffart, observou que os ETFs de Bitcoin podem ver fluxos líquidos positivos quando os dados de fluxo dos emissores forem divulgados.

Essa análise de Matt Hougan sugere que, apesar da recente queda, o Bitcoin pode estar à beira de uma nova oportunidade de crescimento, semelhante ao que foi observado após a crise da COVID-19.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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