Os traders e investidores continuam abalados após a forte correção vista no mercado de criptomoedas na terça-feira (26). No entanto, o Bitcoin hoje deu uma leve trégua e abriu em alta nesta quarta-feira (26).
De acordo com o CoinGecko, o preço do Bitcoin tocou brevemente a marca de US$ 86.000, mas se recuperou e abriu o dia em alta de 0,7%. Com isso, o BTC chegou a encostar nos US$ 89.103, preço da criptomoeda até o fechamento desta matéria. O Ethereum (ETH) foi melhor e teve alta de 3,6%, o que fez seu preço voltar a ficar próximo de US$ 2.500.
Os preços de XRP e Solana (SOL) valorizaram 7,7 e 3,8%, respectivamente, ao passo que a Dogecoin (DOGE) subiu 6,2% e a Cardano (ADA), 6,8%. Mas o valor de mercado das criptomoedas caiu 1,6% nas últimas 24 horas e abriu o dia a US$ 2,94 trilhões.
Além disso, os dados do Coinglass mostraram que as liquidações atingiram US$ 424 milhões nas últimas 24 horas. O BTC liderou as perdas com liquidações de US$ 226 milhões e o ETH veio em seguida, liquidando US$ 62 milhões.
Curiosamente, o sentimento de baixa permanece mesmo com o Bitcoin no seu maior valor em um ano. De fato, um tuíte escrito pelo fundador da Binance, o CZ, viralizou por causa disso. Na mensagem, CZ “profetizava” que o BTC iria desvalorizar de mais de US$ 100 mil para US$ 85.000 – ele só errou por US$ 1.000, dada a queda da criptomoeda no intradiário.
De acordo com Rafael Bonveti, analista da Bitget, a pressão de curto prazo do Bitcoin permanece baixista mesmo com a atual correção. O BTC possuía três níveis-chave de suporte antes da queda. Dois deles (US$ 93.400 – US$93.450, e US$ 91.340) foram rompidos após a correção, e agora o mercado testa o suporte de US$ 89.233.
Porém, Bonveti esclarece que mesmo que os compradores consigam manter o último suporte, o BTC deve enfrentar mais quedas. Neste caso, o próximo alvo de preço está na região de US$ 82.000.
“Uma queda abaixo de US$ 93.400 sinalizaria uma continuação da tendência, com a região dos US$ 82.000, alinhada com o 38,2% de retração de Fibonacci, atuando como uma zona de suporte importante, onde um possível repique pode ocorrer. No lado positivo, o Bitcoin precisa recuperar a zona de resistência entre US$ 96.300 e US$ 98.350 para que a tendência mude a favor dos compradores”, explica Bonveti.
Caso o preço não consiga ultrapassar essa área, o movimento de queda pode se fortalecer, enquanto um rompimento decisivo acima dessa resistência poderia indicar uma nova tentativa de máximas históricas. Para o analista, o mercado segue indeciso.
“A menos que os compradores entrem em cena rapidamente, a probabilidade de testar suportes mais baixos continua aumentando”, conclui Bonveti.
Como resultado desse movimento, os ETFs de Bitcoin tiveram o segundo pior dia desde o seu lançamento em janeiro de 2024, com saídas que totalizaram quase US$ 1 bilhão.
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