O Bitcoin reduziu suas perdas não realizadas (NUL) para o nível mais baixo dos últimos três meses, atingindo 0,0034 no dia 7 de maio. A criptomoeda superou os US$ 100 mil, refletindo um mercado mais otimista e fortalecido. O valor atual indica que a maioria dos detentores de Bitcoin está com saldo positivo ou, pelo menos, no ponto de equilíbrio.
De acordo com dados da CryptoQuant, esse patamar de perdas não realizadas sugere que apenas uma pequena fração da oferta de BTC está em situação negativa. Desde o início de 2025, o NUL permaneceu acima desse valor por 102 dos 127 dias do ano, mostrando que em mais de 80% do ano os investidores enfrentaram prejuízos maiores do que atualmente.
A queda no NUL ocorreu de forma gradual, acompanhando a valorização do Bitcoin desde os US$ 94.360 em 1º de janeiro até o pico anual de US$ 106.160 em 21 de janeiro. No entanto, a criptomoeda sofreu uma queda significativa para US$ 76.270 em 8 de abril, antes de iniciar sua recente recuperação.
O retorno a níveis tão baixos de perda não realizada tem grande importância estrutural para o mercado. Em períodos anteriores, um NUL elevado indicava risco de queda, já que muitos investidores optavam por vender para reduzir prejuízos. Agora, com o NUL em baixa, a pressão de venda tende a vir apenas de realizações de lucro ou de fatores externos, e não de ordens automáticas de stop ou capitulação.
Esse contexto modifica a relação risco-retorno de curto prazo em favor do Bitcoin. Com menos investidores buscando liquidar posições para evitar perdas, o ativo ganha estabilidade e potencial para novas valorizações.
A última vez que o NUL esteve tão baixo foi em 20 de fevereiro, quando o preço diário do Bitcoin chegou a US$ 98.770. O cenário atual parece semelhante ao final daquele rali, mas com um diferencial: a sentimentalidade do mercado está mais consolidada, o que reduz o risco de quedas abruptas.
Com a superação da importante marca de US$ 100.000, o Bitcoin apresenta um cenário de força e estabilidade. A queda nas perdas não realizadas reforça a confiança do mercado, pois indica que a maioria dos investidores está em posição confortável. Para impulsionar novos ralis, o mercado precisará de novos aportes de capital ou eventos que reavivem o otimismo dos investidores.
Enquanto isso, a manutenção do NUL em baixa reduz o risco de vendas maciças, criando uma base mais sólida para o ativo. Observadores do mercado seguem atentos às movimentações, já que uma quebra do patamar dos US$ 100.000 poderá desencadear um novo ciclo de alta.