Economia

Binance estaria ajudando russos a movimentar dinheiro, aponta WSJ

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A exchange de criptomoedas Binance estaria ajudando pessoas da Rússia a movimentarem dinheiro para o exterior, supostamente contornando as sanções econômicas impostas ao país depois da invasão à Ucrânia no ano passado. Foi o que apontou o Wall Street Journal (WSJ) em reportagem publicada nesta terça-feira (22).

A reportagem apontou que a exchange continua processando transações para pelo menos cinco credores russos. Essas entidades estariam na lista de restrições de países do ocidente.

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De acordo com a reportagem, os clientes russos podem realizar negociações peer-to-peer (P2P) na Binance, usando qualquer um dos cinco credores russos para liquidar os pagamentos. A lista inclui, por exemplo, o Tinkoff Bank e o Rosbank.

O WSJ também disse que os russos realizaram transações P2P no valor de cerca de US$ 428 milhões por mês, de outubro a março, de acordo com o banco central da Rússia.

Binance nega acusações

A Binance, no entanto, afirma que segue as regras de sanções globais. Além disso, afirmou que não tem relações bancárias em nenhum lugar para seu serviço P2P.

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“Não temos qualquer relacionamento com nenhum banco, na Rússia ou em qualquer outro lugar, em relação ao nosso programa P2P”, disse a empresa.

A reportagem, por outro lado, reportou que os voluntários da exchange, popularmente chamados de “Binance Angels”, teriam dito a pessoas no Telegram que a plataforma não tem restrições comerciais para clientes russos.

Vale destacar que em abril de 2022, conforme noticiou o CriptoFácil, a Binance anunciou a aplicação de verificações para usuários russos. A medida ocorreu após uma onda de sanções impostas pela União Europeia ao país.

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“Após o quinto pacote de medidas restritivas da UE contra a Rússia, a Binance é obrigada a limitar os serviços para cidadãos russos ou pessoas físicas residentes na Rússia, ou então pessoas jurídicas estabelecidas na Rússia, que tenham criptoativos que excedam o valor de 10.000 EUR [cerca de R$ 50.350]”, anunciou a Binance na ocasião.

A reportagem apontou ainda que as novas revelações complicarão ainda mais a relação da exchange com os reguladores. A plataforma de criptomoedas é alvo de processos de reguladores nos Estados Unidos e em outros países. Entre outras coisas, os reguladores acusam a Binance de facilitar a lavagem de dinheiro.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.