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Binance detalha motivos para a alta do Bitcoin

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A exchange Binance lançou um relatório intitulado Binance Research Market Commentary nesta sexta-feira (6).

O CriptoFácil teve acesso ao documento, que traz comentários da exchange sobre os acontecimentos do mês no mercado de criptoativos.

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Preço, hash rate e taxas de transação

O primeiro destaque vai, naturalmente, para o preço do Bitcoin. Pela primeira vez em 34 meses, o Bitcoin foi negociado acima de US$ 15,5 mil (R$ 87 mil).

A última vez que isso ocorreu foi entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018. Na ocasião, o Bitcoin tinha atingido sua máxima histórica e estava iniciando um movimento de correção.

No entanto, a situação hoje é muito diferente. A Binance destaca que os fundamentos da rede estão muito melhores do que naquela época.

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Mesmo assim, a exchange destaca as quedas no poder de processamento (hash rate) do Bitcoin.

“A dificuldade foi recalculada para baixo de seu novo recorde histórico (20,00 T) em 18 de outubro para 16,79 T em 3 de novembro. Da mesma forma, o hash rate médio está atualmente em torno de 120 EH/s, uma queda de 15% em relação ao pico anterior de meados de outubro”, apontou a Binance.

Ao mesmo tempo, as taxas de transação cobradas pelos mineradores aumentaram drasticamente. Como resultado da queda no hash rate, o Bitcoin atingiu uma taxa média no Bitcoin acima de US$ 12 (R$ 68).

Esta foi a maior taxa média registrada desde janeiro de 2018.

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Segundo o relatório, as taxas estão crescendo a um ritmo superior ao da valorização do Bitcoin.

“Embora os custos de transação sejam pagos no Bitcoin, é natural que os custos de transação na rede mover-se em linha com o preço do criptoativo quando denominado em dólar. No entanto, as taxas de transação aumentaram recentemente a uma taxa mais rápida do que o preço em dólar do Bitcoin.”

“Bitcoin DeFi” segue em alta

Ainda segundo o documento, os Bitcoins continuam a ser emitidos maciçamente na blockchain Ethereum. Isso é feito através do Wrapped Bitcoin (WBTC), token DeFi com lastro em BTC.

“No total, mais de 152 mil Bitcoins são emitidos na Ethereum, claramente dominados por dois participantes: WBTC (122.281 BTC) e renBTC (20.432 BTC)”, afirmou o relatório.

No entanto, o cenário pode mudar nos próximos meses. Outros tokens, como tBTC e bBTC (este último emitido pela Binance) planejam disputar o “domínio dos tokens indexados ao Bitcoin na Ethereum”.

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Grayscale aumenta captação

A Binance também destacou o crescimento do interesse institucional no Bitcoin. Para isso, seu relatório analisou as movimentações do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), principal fundo do mercado.

O GBTC continua a crescer em captação, atingindo 490 mil Bitcoins nesta sexta-feira (6). Segundo a Binance:

“Isso reforça o apetite geral dos investidores por Bitcoin, tanto nos investidores comuns quanto entre os mercados institucionais”.

Por outro lado, o prêmio semanal do GBTC permanece na faixa de 20%. A taxa ainda está bem abaixo do ambiente no segundo semestre de 2017, quanto o prêmio permaneceu consistentemente acima de 50%.

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Para a Binance, isso pode ser explicado pela maturidade do setor e pela maior disponibilidade de acesso para os investidores comprarem BTC.

Contratos futuros crescem

Os contratos em aberto nos mercados de Bitcoin (compostos de contratos futuros e perpétuos) também cresceram.

A Binance mostrou que os valores ficaram em mais de US$ 5,2 bilhões (R$ 28 bilhões) nesta semana. O valor atual corresponde a um aumento de mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) nas últimas duas semanas.

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Além dos valores, a diversidade de empresas oferecendo esses contratos também chama atenção. Atualmente são seis bolsas que disputam este mercado: CME, OKEX, BitMEX, Binance, FTX e Huobi.

Por outro lado, o mercado de opções continua bastante concentrado. A Deribit ainda domina o setor com mais de 75% dos contratos abertos.

Em termos de valores, o mercado atingiu US$ 2,4 bilhões (R$ 31 bilhões), uma nova alta histórica.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.