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Binance, Coinbase e outras exchanges terão que divulgar dados de usuários em investigação

Uma reportagem do Financial Times, publicada nesta quarta-feira (30), revelou que seis exchanges de criptomoedas – entre elas as maiores do mundo Binance e Coinbase – terão que divulgar às autoridades dados de seus usuários, incluindo nomes, contas bancárias e detalhes de cartões.

Binance, Coinbase, Kraken, Luno e outras duas plataformas não identificadas vão ter que colaborar com uma investigação em curso desde 2020 no Reino Unido. As autoridades estão tentando rastrear US$ 10,7 milhões (mais de R$ 56,7 milhões) em fundos roubados de uma exchange com sede no Reino Unido.

Rastreando ativos digitais

A reportagem informou que a sentença que impôs o compartilhamento de dados pelas exchanges foi da Suprema Corte de Londres. Ainda segundo a matéria, a exchange alvo do ataque – que não divulgou seu nome para evitar “dar uma dica” aos hackers – já conseguiu rastrear US$ 1,7 milhão (R$ 9 milhões) dos fundos do hack.

Os recursos – em Bitcoin (BTC), XRP, Tether (USDT) e Ethereum (ETH) – estão em 26 contas, todas pertencentes ou operadas por uma das seis exchanges.

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Inicialmente, a exchange anônima procurou ajuda das autoridades policiais do Reino Unido. No entanto, a ação não deu em nada. Então, a empresa contratou especialistas em rastreamento de criptoativos, que já rastrearam US$ 1,7 milhão.

A iniciativa de rastrear fundos cripto em um caso de fraude cibernética é uma das primeiras aplicações de uma nova lei do Reino Unido que versa sobre esse tipo de crime. A legislação prevê o rastreamento de ativos mesmo que as empresas que detêm as informações não tenham sede no país.

“O caso é um grande passo para aqueles que estão tentando recuperar ativos que foram roubados de forma fraudulenta e transferidos para o exterior”, disse o advogado Syed Rahman, que representou a empresa do Reino Unido.

As fraudes com ativos digitais estão aumentando no país. Os casos relatados aumentaram em um terço de setembro de 2021 a setembro de 2021, de acordo com a unidade policial Action Fraud. Além disso, no ano passado, os criminosos roubaram cerca de US$ 6,2 bilhões (R$ 33 bilhões), segundo a Chainalysis.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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