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Bernie Madoff, chefe da maior pirâmide dos EUA, morre na prisão

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Nesta quarta-feira (14), Bernie Madoff morreu aos 82 anos em sua cela na prisão, segundo a Associated Press. Ele foi responsável pelo maior esquema de pirâmide da história dos Estados Unidos.

Bernard Madoff estava cumprindo pena de 150 anos em penitenciária federal na Carolina do Norte. De acordo com o advogado do empresário, a morte está vinculada a uma doença terminal.

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Madoff ficou conhecido por operar um esquema ponzi que desviou US$ 65 bilhões, quase R$ 370 bilhões, de 37 mil pessoas em 136 países diferentes.

Como funcionava a pirâmide de Madoff?

O réu confessou o crime em 2009 e disse que operava a fraude financeira desde a década de 90. No entanto, investigadores informaram que o crime já era praticado no início dos anos 70.

Apesar de ser um esquema Ponzi, a pirâmide de Madoff era mais “discreta”, não despertando a desconfiança dos veteranos do mercado.

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De acordo com as investigações, a empresa do golpista, Bernard L. Madoff Investment Securities LCC, atuava em Wall Street oferecendo retorno de 1 a 3% por mês.

A estratégia do empresário era a mesma usada por Charles Ponzi, mas não apostava em investimentos agressivos, como outras pirâmides fazem.

Desta forma, Madoff atuou por anos na captação de novos clientes para pagar os mais antigos, até que seus filhos o denunciaram.

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Denúncia

De acordo com as investigações, o esquema prejudicou 37 mil pessoas em 136 países diferentes.

Além de investidores comuns, o executivo causou prejuízos milionários a personalidades conhecidas. Entre as vítimas encontram-se o diretor Steven Spielberg, o ator Kevin Bacon e o ganhador do Nobel da Paz, Elie Weisel.

Em dezembro de 2008, os filhos do empresário — Mark e Andrew Madoff — denunciaram o esquema, acarretando na prisão de Bernie. Na época, o patriarca confessou aos herdeiros a pirâmide.

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O esquema começou a ruir naquele ano, no auge da crise financeira que desestabilizou a economia dos EUA.

Em março de 2009, Madoff declarou-se culpado pelos 11 crimes operados no maior esquema ponzi privado da história. O investidor isentou sua família de qualquer culpa e recebeu a pena máxima de 150 anos, com restituição de US$ 170 bilhões.

Pressão

Dois anos depois da prisão do pai, Mark não aguentou a pressão e cometeu suicídio em seu apartamento em Manhattan.

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O herdeiro de Madoff era gerente sênior na instituição financeira e, segundo fontes próximas ao executivo, não suportou a desconfiança do mercado e das autoridades com o seu nome. Mark se matou na data em que seu pai completava dois anos na cadeia.

Já Andrew desenvolveu um linfoma e morreu quatro anos após seu irmão, com 48 anos. A esposa de Madoff, Ruth, continuou a negar qualquer participação com o crime e vive em Connecticut.

Recuperação

Apesar da família de Madoff afirmar que não tinha conhecimento do esquema, o administrador Irving H. Picard não acreditou.

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Picard foi contratado por investidores para rastrear fundos desviados pela empresa. O profissional processou dezenas de pessoas, incluindo familiares de Madoff, por “fazerem vista grossa” para os crimes do executivo.

Em 2020, o administrador conseguiu recuperar mais de US$ 14 bilhões para as vítimas. Da prisão, Madoff tentava levar o crédito pela ação. No entanto, foi desmentido pelos investigadores e por Picard.

Mudanças radicais

A pirâmide de Madoff abalou a confiança de investidores de Wall Street. Buscando reverter a situação, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, sigla em inglês) aplicou mudanças radicais em seu processo de fiscalização.

Na época, uma investigação paralela descobriu que a SEC optou por ignorar as evidências de fraude e considerar apenas a palavra do empresário.

“Quando Madoff forneceu respostas evasivas ou contraditórias a questões importantes nos depoimentos, eles [SEC] decidiram por aceitar suas explicações”, disse o investigador H. David Kotz.

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Juliana Nascimento

Jornalista com ascendente em áries que curte board games, livros e séries/filmes.