Foto: JeepersMedia
O Bank of America, segundo maior banco dos Estados Unidos, está preparado para lançar sua própria stablecoin assim que uma regulamentação para esses ativos for aprovada no país. A declaração é do CEO Brian Moynihan, na última terça-feira (24), durante um evento promovido pelo The Economic Club of Washington, D.C.
Conforme destacou Moynihan, a entrada do banco no setor depende apenas da definição de um marco regulatório.
“É bastante claro que haverá uma stablecoin totalmente lastreada em dólar”, disse o executivo. “Se isso se tornar legal, entraremos nesse mercado”.
Mesmo sem uma regulamentação clara nos EUA, o mercado de stablecoins já movimenta cerca de US$ 232 bilhões, sendo amplamente utilizado para pagamentos e transferências internacionais. Dessa forma, especialistas acreditam que uma legislação específica pode atrair novos players institucionais. Isso inclui, por exemplo, os grandes bancos, ampliando ainda mais o uso desses ativos digitais.
O Bank of America, que possui aproximadamente US$ 3,26 trilhões em ativos, pode se tornar um concorrente direto de empresas como PayPal, que já possui sua stablecoin PYUSD, lançada em 2023. Além disso, outro grande concorrente é o JP Morgan, que desde 2020 opera a JPM Coin. A moeda digital estável é usada principalmente para transações entre instituições financeiras.
O debate sobre a regulamentação das stablecoins nos EUA já se arrasta há anos. No entanto, uma nova iniciativa pode acelerar esse processo. No início de fevereiro, o presidente do Comitê Bancário do Senado, Tim Scott (R-SC), afirmou que pretende aprovar um marco regulatório para stablecoins nos primeiros 100 dias do governo Trump.
Até mesmo a SEC está suspendendo processos contra exchanges de criptomoedas esperando uma regulamentação.
Para Moynihan, a possível stablecoin do Bank of America, apelidada de “Bank of America Coin”, teria um papel semelhante ao de um fundo do mercado monetário ou conta bancária digital. Segundo ele, o setor bancário poderá atuar de forma expressiva no segmento de stablecoins caso a regulamentação avance.
Com a regulamentação no horizonte, o Bank of America se posiciona para disputar um mercado que pode transformar o setor financeiro, ampliando as possibilidades de pagamentos digitais e transações internacionais com criptoativos lastreados em moeda fiduciária.
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