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Autoridades desmantelam exchange de criptomoedas por lavagem de dinheiro

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou, em conjunto com autoridades da Alemanha e Finlândia, a desativação da infraestrutura online da exchange de criptomoedas Garantex. As autoridades acusam a corretora de facilitar a lavagem de dinheiro para organizações criminosas transnacionais, incluindo grupos terroristas.

De acordo com um comunicado, desde abril de 2019, a Garantex movimentou pelo menos US$ 96 bilhões em transações de criptomoedas.

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Paralelamente, a Justiça dos EUA divulgou a abertura de um processo na Corte do Distrito Leste da Virgínia contra Aleksej Besciokov, 46 anos, cidadão lituano residente na Rússia, e Aleksandr Mira Serda, 40 anos, cidadão russo residente nos Emirados Árabes Unidos.

Ambos enfrentam acusações de conspiração para lavagem de dinheiro. Além disso, Besciokov também responde por violação de sanções econômicas e operação de um negócio de transmissão de dinheiro sem licença.

Exchange de criptomoedas Garantex é alvo de operação internacional

De acordo com os documentos judiciais, Besciokov e Mira Serda controlavam e operavam a Garantex entre 2019 e 2025. Besciokov atuava como administrador técnico e era responsável pela infraestrutura crítica da plataforma. Enquanto isso, Mira Serda ocupava o cargo de diretor comercial e cofundador da empresa.

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Conforme afirmou a Justiça, a Garantex recebeu centenas de milhões de dólares em fundos provenientes de crimes como hacking, ransomware, terrorismo e tráfico de drogas.

O relatório diz ainda que os indiciados sabiam da movimentação de recursos de origem criminosa na plataforma. Nesse sentido, tomaram medidas para ocultar essas atividades.

Em um dos episódios citados no processo, quando autoridades russas solicitaram informações sobre uma conta registrada em nome de Mira Serda, a exchange de criptomoedas teria fornecido dados incompletos. Além disso, teria negado que a conta estivesse verificada, mesmo possuindo documentos de identificação vinculados a ele.

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Em abril de 2022, o Departamento do Tesouro dos EUA, por meio do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), sancionou a Garantex por facilitar a lavagem de dinheiro proveniente de atores de ransomware e mercados da dark web.

Apesar das sanções, a exchange de criptomoedas continuou a operar e transacionar com entidades dos EUA. Para isso, teria adotado técnicas para evitar a detecção, como a mudança diária de endereços de carteiras de criptomoedas para dificultar o rastreamento.

Então, no dia 6 de março, a Justiça dos EUA executou uma ordem de apreensão contra três domínios web associados à Garantex: Garantex.org, Garantex.io e Garantex.academy. Agora, ao acessar esses sites, os usuários vêm um aviso informando que as autoridades confiscaram os endereços.

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Além disso, forças policiais da Alemanha e Finlândia apreenderam servidores utilizados para hospedar as operações da exchange de criptomoedas. Enquanto isso, os EUA congelaram mais de US$ 26 milhões em ativos associados à plataforma.

Caso sejam condenados, Besciokov e Mira Serda podem pegar até 20 anos de prisão pela acusação de lavagem de dinheiro. Besciokov também pode enfrentar mais 20 anos de prisão por violação das sanções e cinco anos pelo funcionamento ilegal da empresa de transmissão de dinheiro.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.