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Apple pensava que criptomoedas eram esquema de pirâmide, diz ex-diretor da App Store

Enquanto empresas como Google e Meta se envolvem, de alguma forma, com ativos digitais, incluindo NFTs e blockchain, a Apple nunca chegou a, de fato, lançar algum iniciativa cripto. Pelo contrário, a empresa sempre deixou claro que não era adepta das criptomoedas.

Em dada ocasião, a Apple bloqueou uma atualização do aplicativo de carteira cripto da Coinbase. Além disso, a empresa aplicou uma taxa de comissão de 30% sobre as vendas de tokens não fungíveis (NFTs) na App Store. Mas essa repulsa pelos criptoativos parece ter uma razão. Foi o que afirmou o  ex-diretor da App Store da Apple, Phillip Shoemaker.

Segundo ele, a Apple sempre teve “problemas” com as criptomoedas, chegando a categorizá-las com um esquema ponzi (pirâmide financeira).

“A Apple teve problemas com criptomoedas desde o primeiro dia. Eles pensaram que era um esquema Ponzi ”, disse Shoemaker em entrevista ao Decrypt.

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Apple contra criptomoedas

Shoemaker foi responsável por elaborar as diretrizes da App Store junto com Steve Jobs, cofundador da Apple que faleceu em 2011. De acordo com Shoemaker, essas diretrizes foram reescritas após sua saída da empresa em 2016, o que deu à Apple uma postura rígida contra as criptomoedas e os NFTs.

Para Shoemaker, Phil Schiller, que ajudou a reescrever as diretrizes, foi o responsável por transformar a Apple em uma “inimiga” das criptomoedas.

“As diretrizes passaram por uma grande mudança, eu diria, logo quando eu estava saindo”, disse Shoemaker. “O tom mudou substancialmente. Eles acabaram tornando as coisas ainda mais vagas e mais cinzentas do que antes. Precisamos de preto e branco, não precisamos de cinza”, disse ele.

A Apple App Store reprimiu vários aplicativos com foco em criptoativos alegando violação de diretrizes. Quando o aplicativo da Coinbase foi banido da App Store, até o cofundador da MetaMask e ex-funcionário da Apple, Dan Finlay, se posicionou. Ele afirmou ser totalmente a favor da indústria cripto abandonar completamente a App Store da Apple.

“Estou pronto para abandonar o ecossistema da Apple”, disse Finlay. “Estamos desapontados ao ver a notícia de que as lojas de aplicativos estão se tornando guardiãs rígidos. Isso está não apenas obstruindo o crescimento, mas também um caminho para a censura”, disse ele.

No ano passado, a Apple atualizou as diretrizes da App Store para incluir regras para os NFTs, incluindo a taxa de 30%.

“Os aplicativos podem usar a compra no aplicativo para vender e vender serviços relacionados a tokens não fungíveis (NFTs), como cunhagem, listagem e transferência”, dizem as novas diretrizes . “Os aplicativos podem permitir que os usuários visualizem seus próprios NFTs, desde que a propriedade do NFT não desbloqueie recursos ou funcionalidades no aplicativo.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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