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Antivírus, como Norton, permite minerar criptomoedas em casa

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Com o intuito de proteger usuários contra malwares e outras ameaças, dois dos maiores antivírus do mundo decidiram adentrar um novo ramo e acrescentaram uma função inusitada: minerar criptomoedas.

Apelidadas de Norton Crypto e Avira Cryto essas funcionalidades permitem que os usuários configurem os programas de segurança para minerar Ethereum dos seus sistemas, principalmente quando esses sistemas não estão sendo utilizados.

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Assim, quando habilitada, o Norton Crypto faz uso da placa de vídeo instalada no computador do usuário para minerar ETH.

Em seguida, as criptomoedas são transferidas para uma carteira da Norton hospedada na nuvem. Embora a empresa Norton Antivirus tenha revelado essa capacidade em junho de 2021, a mudança também vem causando discussões.

Isso porque, em muitos casos, a atividade ocorre sem que os usuários tenham a real dimensão das operações.

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Após a divulgação da informação, pesquisadores da área de cibersegurança analisaram o caso e revelam preocupação, porque essa é uma novidade que coloca os cidadãos no mundo das criptomoedas e muitos não dominam o assunto.

Minerar criptomoedas

A empresa de cibersegurança CySource avaliou essa nova funcionalidade dos softwares e questionou a transparência dos antivírus.

Para o especialista Luli Rosenberg, a mineração de criptomoedas é feita sem que a maioria dos usuários saibam como atuar no mercado cripto. Consequentemente, isso pode trazer consequências sérias.

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“A nova funcionalidade poderá colocar muitos usuários em situações de risco e as empresas de antivírus não irão se responsabilizar pelas operações. Ao habilitar essa nova função, as empresas utilizam a energia e o processador do usuário. Esse procedimento é muito vantajoso para as empresas, porque o gasto de energia e o risco de dano no aparelho ficam a cargo do usuário. Nesse sentido, as empresas não estão sendo claras o suficiente com o usuário”, alerta Rosenberg.

Além disso, questiona-se a cobrança de uma taxa de 15% sobre todas as criptomoedas obtidas pelos usuários.

O valor é considerado abusivo. Afinal, a maioria das plataformas que atua com sistemas semelhantes tende a cobrar somente 1 ou 2% dos usuários — que, na prática, também precisam arcar com custos de hardware, energia e com as taxas de transação do Ethereum.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.