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Amber Group nega acusações de insolvência

O “contágio” causado pelo colapso da exchange de criptomoedas FTX parece não ter fim. De acordo com o analista de dados on-chain, Lookonchain, o Amber Group, uma empresa de negociação e gerenciamento de ativos digitais, pode estar perto de falir.

Em sua conta no Twitter, Lookonchain disse que analisou seis carteiras de Ethereum (ETH) do grupo e descobriu que só há US$ 9,46 milhões (R$ 49,65 milhões) em ativos no total. Este valor inclui 3.990 ETH (US$ 5 milhões), 1.111.841 em USDC, 1.652.678 em USDT e 29.182 em BUSD.

Além disso, a análise descobriu que a Amber transferiu cerca de 36 milhões em BUSD para a Paxos e 10.422 ETH (cerca de R$ 68,86 milhões) para um novo endereço. O Amber Group afirma em seu site ter mais de US$ 5 bilhões “em sua plataforma” e ser responsável por US$ 1 trilhão em volume de negociação.

Amber Group está falindo?

A Lookonchain também compartilhou um tuíte publicado pelo repórter chinês de cripto Colin Wu. Na publicação, ele informou que o grupo iniciou recentemente uma nova onda de demissões. De acordo com Wu, algumas equipes da Amber demitiram mais de 50% da força de trabalho.

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O jornalista informou ainda que o Amber respondeu que precisou fazer um ajuste de negócios trimestral e, com base nas expectativas do mercado de baixa, o ajuste é maior do que o normal.

Vale destacar que a Bloomberg informou em maio deste ano que a startup com sede em Cingapura estava buscando um financiamento de US$ 10 bilhões que triplicaria a sua avaliação anterior de US$ 3 bilhões.

Fundada em 2018 em Cingapura por cinco ex-traders do Morgan Stanley, o Amber Group é uma das principais plataformas de ativos digitais da Ásia. A empresa oferece uma ampla gama de serviços, incluindo criação de mercado e empréstimos garantidos. Além disso, participa de uma série de protocolos DeFi, de acordo com o site da empresa.

A Amber levantou US$ 200 milhões em março deste ano em uma rodada de financiamento que avaliou a empresa em US$ 3 bilhões. O Temasek, fundo soberano de Cingapura com US$ 300 bilhões em ativos, liderou a rodada.

Amber Group nega acusações de falência

Diante dessas informações, o Amber Group se pronunciou negando a eventual falência. Conforme informou Annabelle Huang, sócia-gerente da Amber, os fundos dos usuários estão seguros:

“Continuamos operando normalmente. Se você tiver alguma dúvida, as retiradas estão abertas como de costume”, completou ao ser questionada no Twitter sobre a segurança dos fundos.

Da mesma forma, o Amber Group publicou em sua conta no Twitter que está trabalhando sem problemas. Mas a empresa reconheceu que precisou ajustar suas estratégias:

“Passando pelos ciclos do mercado, temos que ajustar e dinamizar constantemente nossas estratégias de negócios, ofertas de produtos. E, como resultado, as equipes e as funções internas”, tuitou referindo-se às demissões recentes.

Destaca-se que anteriormente, a Amber informou que menos de 10% de seu capital estava preso na exchange FTX. Ou seja, o bloqueio desses recursos não “representaria uma ameaça” para suas operações.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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