Tecnologia

Adolescente brasileiro de escola pública vence maratona de hackers do ETHBogotá, na Colômbia

O adolescente brasileiro Victor Garcia, de 15 anos, realizou um importante feito internacional relacionado a criptomoedas e venceu a competição ETHBogotá, sediada na Colômbia. De acordo com a ONG Educar+, Victor venceu a competição internacional, ficando à frente de mais de 900 hackers.

No entanto, o aspecto mais surpreendente é que Victor, morador da Zona Leste de São Paulo, é estudante de escola pública. Além disso, esta é a segunda maratona hacker ligada ao ecossistema Ethereum da qual o adolescente participa. Ou seja, o brasileiro já demonstra talento em sua segunda participação num evento de grande porte.

O ETHBogotá foi o primeiro evento da semana de eventos da rede Ethereum na Colômbia, em um total de nove dias, seguido de ETHLatam e DEVCON. A equipe do Victor foi uma das cinco equipes premiadas pela Chainlink e recebeu o valor de U$ 1 mil.

União entre o jovem e a ONG

O Educar+ é uma ONG que tem em sua grade aulas que vão desde a Alfabetização até o Web3F.avela, que é o seu programa de educação sobre web3 para jovens periféricos. Foi esse braço da ONG que uniu a Educar+ e Victor.

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De acordo com Carol Santos, CEO da ONG, os caminhos do Educar+ e Victor se cruzaram durante o seu primeiro Hackathon. Ao conhecer a história do jovem programador, autodidata e de escola pública, a CEO observou que tudo o que ele precisava era de oportunidade.

“Quando conheci a história do Victor, vi um menino de extremo potencial que estava sendo desperdiçado por falta de oportunidades. No primeiro momento acionei todos da minha rede e principalmente da web3 compartilhei sua história, foi o suficiente”, disse Santos.

Nesse sentido, o projeto que Victor e sua equipe – composta de cinco pessoas – desenvolveram para o ETHBogotá teve como foco a educação. A equipe do Victor levou o prêmio ao desenvolver uma plataforma gamificada de incentivo à leitura que recompensa usuários com tokens.

A plataforma cria um modelo que, de maneira geral, é uma espécie de read to earn. O usuário tem que ler uma quantidade de livros ou páginas dentro da plataforma. Cada vez que ele lê os livros ou páginas estipuladas, é recompensado em tokens.

Recompensando leitura com tokens

Dessa forma, a criação de Victor estimula o hábito de leitura, algo pouco difundido no Brasil. De acordo com a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, o brasileiro tem uma média anual de 4,96 livro por habitante.

Para os padrões internacionais, essa média é considerada baixa, mas o caso brasileiro é ainda pior: apenas 2,43 desses livros (menos de 3, em média) foram lidos do início ao fim, o que tende a comprometer ainda mais o índice de leitura no Brasil.

Portanto, a plataforma tem o potencial de ajudar a melhorar os índices de leitura e, ao mesmo tempo, recompensar jovens carentes com tokens que eles poderão vender. Além disso, a iniciativa dos projetos desenvolvidos pela ONG ajudam a levar a Web3 e criptomoedas para a comunidade.

“Nós não teríamos conseguido vencer uma maratona de hackers internacional sem a ajuda da comunidade, não adiantaria termos conseguido os ingressos para o Hackathon em Bogotá se ele não tivesse como se manter ou chegar até lá”, finalizou Carol Santos.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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