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4 criptomoedas para ficar de fora, segundo Ben Armstrong

Não só de previsões otimistas vive o mercado. O analista veterano Ben Armstrong alertou os investidores para quatro criptomoedas que podem causar grandes prejuízos no mercado de baixa. Segundo ele, EOS, ICP, Bitcoin Cash e Bitcoin SV estão fadadas a falhar.

“Durante tempos de extrema volatilidade, os ativos mais fracos do mercado sofrem as piores perdas”, destacou o analista. “Se você estiver mantendo ativos com fundamentos fracos, poderá ver seu portfólio cair pela metade ou pior em minutos”.

EOS

Em primeiro lugar, Armstrong mencionou o EOS que atualmente ocupa a 33ª colocação no ranking do CoinMarketCap (CMC) por valor de mercado.

De acordo com o analista, a EOS conseguiu arrecadar US$ 4,2 bilhões em sua oferta inicial de moeda, ou ICO, em 2018, sem ter um produto lançado.

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A promessa, na época, era de que a rede seria mais rápida e barata que o Ethereum. Contudo, o produto entregue decepcionou e os poucos aplicativos que usaram a blockchain precisaram migrar de rede por problemas de congestionamento.

Com base nisso, o analista afirmou que a confiança na EOS está em seu ponto mais baixo em todos os tempos. Até o fundador do projeto, Dan Larimer, deixou o cargo no fim do ano passado.

“Com projetos de blockchain, a equipe por trás deles é tudo”, observou Armstrong.

Internet Computer (ICP)

O segundo criptoativo do qual os investidores devem “fugir” no mercado de baixa é o Internet Computer (ICP). Atualmente, o ICP é o 24º projeto em valor de mercado.

Armstrong destacou que o token sofreu recentemente uma das ações de preço mais drásticas do mercado atual. Depois de ser lançada a US$ 400 em maio, ICP despencou para cerca de US$ 30 um mês depois. 

Conforme revelou o analista, a empresa de análise Arkham Intelligence encontrou 44 “prováveis ​​endereços de insiders” que depositaram 10 milhões de ICP no valor de mais de US$ 2 milhões em exchanges. Isso coincidiu com as quedas significativas no preço.

Enquanto isso, os investidores de varejo que contribuíram para a ICO não conseguiram acessar suas criptomoedas.

“Parece que eles permitiram discretamente que o tesouro e os insiders enviassem bilhões de dólares de ICP para as exchanges, tornando extremamente difícil para seus apoiadores de longa data acessarem os tokens que lhes foram prometidos”, diz o relatório da Arkham.

Por conta disso, o analista acredita que ICP pode gerar sérios prejuízos.

Bitcoin SV (BSV)

Em terceiro lugar, está o Bitcoin SV (BSV), 43ª criptomoeda em valor de mercado. Segundo o analista, o projeto tem sido alvo de muitas piadas nos últimos tempos.

Isso porque, além dos maximalistas não gostarem de forks do BTC, o fundador do BSV Craig Wright afirma ser Satoshi Nakamoto, mesmo sem provas.

Além disso, a rede Bitcoin SV tem enfrentado diversos problemas de segurança. Na terça-feira (3), por exemplo, o protocolo sofreu um novo ataque de 51%. A violação causou a reorganização de mais de 12 blocos, bem como a criação de três versões da blockchain.

Como resultado, a exchange Coinbase paralisou todas as negociações com o BSV. Este foi o quinto ataque em menos de dois meses.

Apesar disso, parece que os investidores não sofreram perdas nesses ataques. Segundo Armstrong, muito provavelmente isso resulta do fato de que poucas pessoas possuem, de fato, BSV. 

De qualquer forma, a falta de segurança na rede é um sinal de alerta para os investidores.

Bitcoin Cash (BCH)

Por fim, o analista mencionou outro fork do BTC, o Bitcoin Cash (BCH). Neste momento, o BCH ocupa a 13ª posição no ranking por valor de mercado.

Armstrong explicou que a rede BCH difere da rede do Bitcoin por ter blocos maiores em sua cadeia. Na prática, isso permitiria que a rede processasse mais transações por segundo que o BTC. Mesmo assim, o projeto não tem consistência suficiente para se desenvolver e deve falhar no chamado “bear market“.

“Tem sido um caminho difícil para BCH. Viver sempre na sombra do Bitcoin deixará o Bitcoin Cash ao relento quando o inverno chegar”, concluiu o analista.

Armstrong disse ainda que não mencionou criptomoedas meme na lista, como Shiba Inu e SafeMoon, porque isso pareceria óbvio demais: “nenhuma sobreviverá”, disse ele.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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